“Nasceu Pega-Pega”: menina de 9 anos vive legado da mãe na quadrilha acreana

Criada em 1996, nas dependências da Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, a Pega-Pega tem se destacado ao longo de quase três décadas

Com apenas 9 anos, Louyse Vitória já começa a trilhar seu caminho no universo das festas juninas, tradição que acompanha sua família há gerações. Ao lado de Benjamin Silva, ela disputa o título de realeza mirim da quadrilha Pega-Pega, uma das mais emblemáticas do Acre. A conexão de Louyse com o grupo é profunda: sua mãe, a psicóloga Lorena Araújo, está envolvida com a quadrilha há mais de 20 anos.

Aos 9 anos, Louyse Vitória dá os primeiros passos na tradição junina da qual já faz parte desde o berço. / Foto: Reprodução

Criada em 1996, nas dependências da Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, a Pega-Pega tem se destacado ao longo de quase três décadas não só pela criatividade nas apresentações, mas também pelo papel que desempenha na comunidade como agente de transformação e inclusão.

Lorena, que neste ano decidiu sair dos palcos, continua atuando nos bastidores, dando apoio emocional e técnico ao grupo. Ao ver a filha subindo ao tablado, revive sua própria trajetória com ainda mais intensidade.

“É um misto de emoção e orgulho. A Louyse nasceu Pega-Pega, cresceu em meio aos ensaios e apresentações. Ver minha filha hoje realizando esse sonho e representando a nossa história é como reviver tudo pela primeira vez, só que com mais amor ainda”, afirmou, visivelmente comovida.

A história de Louyse reflete um legado que se perpetua dentro da família. Sua tia também é integrante da quadrilha há décadas e teve papel pioneiro na introdução da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas encenações juninas do estado.

A Pega-Pega vai além das coreografias. É um espaço onde vínculos afetivos são fortalecidos e onde tradição e renovação se encontram. Louyse, com entusiasmo e brilho no olhar, simboliza o que há de mais genuíno nesse ciclo que conecta passado, presente e futuro.