Thriller com Anthony Hopkins tem crítica social e clima claustrofóbico

A decadência das grandes cidades é um fenômeno observado em várias partes do mundo. Muitos dos grandes centros urbanos estão se tornando cada vez mais caros, violentos e hostis à sobrevivência, à medida que as desigualdades sociais se aprofundam.  Esse cenário é explorado pelo diretor David Yaroveski em Confinado, que estreia nesta quinta-feira (29/5) nos cinemas.

No longa, Eddie é um homem desesperado para conseguir dinheiro e recuperar sua van e instrumentos de trabalho. Para resolver seus os problemas financeiros, ele decide cometer furtos pela cidade.

O que ele não esperava era cair em uma armadilha ao entrar em um carro de luxo estacionado na região. A emboscada é arquitetada pelo dono do veículo, cansado de ser vítima da violência que assola a cidade.

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Eddie, interpretado por Bill Skarsgård, se vê então torturado por William, o proprietário do carro vivido pelo ganhador do Oscar, Anthony Hopkins.

O veículo de luxo é controlado remotamente por William, que submete Eddie a temperaturas extremas, choques elétricos, sede e fome. Os dois conseguem dialogar através do sistema de som do carro, destacando as profundas questões sociais exploradas pelo filme.

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Cartaz de Confinado

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Bill Skarsgård, em Confinado

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Bill Skarsgård, em Confinado

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Bill Skarsgård e Anthony Hopkins, em Confinado

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Bill Skarsgård , em Confinado

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Cerca de 90% da narrativa se passa no interior do veículo, com William controlando tudo remotamente. O filme não oferece muitas oportunidades de ver Hopkins em cena, reservando isso para os minutos finais. O destaque principal fica com Skarsgård, que entrega uma performance sólida conforme a história avança.

Durante o confinamento dentro do veículo, nada significativo acontece que pudesse mudar o inevitável desfecho trágico. Por isso, Confinado pode deixar no espectador a impressão de que a trama poderia ser resolvida em menos tempo. O filme tem 95 minutos de duração.

O roteiro não é original, sendo uma adaptação do filme argentino “4×4”, que por sua vez se baseia em um caso real ocorrido em Córdoba, Argentina. No entanto, os debates levantados pelo filme continuam pertinentes, especialmente em tempos de polarização ideológica.