Policiais protestam por reajuste salarial e buscam apoio na Aleac

O dirigente afirmou ainda que o ato marca o início de uma série de mobilizações que devem ocorrer nas próximas semanas

Integrantes das forças de segurança do Acre – incluindo Corpo de Bombeiros, e as polícias Militar, Penal e Civil – realizaram, na manhã desta terça-feira (13), uma mobilização em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Aleac) e ao Palácio Rio Branco. O ato teve como principais reivindicações o pagamento do banco de horas indenizatório e o reajuste salarial dos profissionais.

Manifestantes entraram no prédio da Aleac para chamar a atenção dos deputados/Foto: ContilNet

Com faixas, cartazes e o uso de um carro de som, centenas de servidores ocuparam o saguão da Aleac, levantando o lema: “Pela valorização dos operadores de Segurança Pública”. A movimentação teve como objetivo pressionar tanto o Governo do Estado quanto os parlamentares a se engajarem nas pautas da categoria.

Kalyl Moraes, presidente da Associação dos Militares do Acre (AMEAC), destacou que o apoio dos deputados é fundamental para intermediar o diálogo com o Executivo. Segundo ele, os pontos defendidos pelas categorias não esbarram em limitações legais como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Hoje as forças de segurança têm pautas em comum. Estamos aqui, Polícia Civil, Polícia Penal, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, brigando pelo BH indenizatório e pela recomposição salarial. São duas pautas que nós temos que podem atender essas forças e que não dependem da LRF para serem concedidas às forças de segurança”,  pontuou Moraes. Ele enfatizou que o movimento une diferentes corporações da segurança pública, que compartilham as mesmas preocupações salariais e estruturais.

O dirigente afirmou ainda que o ato marca o início de uma série de mobilizações que devem ocorrer nas próximas semanas, caso não haja avanço nas negociações. Até o momento, segundo ele, não houve qualquer reunião efetiva com representantes do governo para discutir as reivindicações.

“O que temos são apenas promessas de reuniões que acabam em negativas, sempre atribuídas à LRF. Mas reiteramos: essas pautas são respaldadas pela Constituição e não comprometem os limites fiscais”, afirmou.

Após os discursos realizados na área externa, os participantes do protesto entraram no prédio da Assembleia Legislativa para chamar diretamente a atenção dos parlamentares e pedir maior engajamento na resolução das demandas apresentadas.