Tem início segunda-feira (26) o segundo júri popular de Giani Justo de Freitas, mototaxista acusado de matar a ex-mulher, a engenheira civil Silvia Raquel Mota, afogada em uma caixa d’água. O julgamento ocorre em dois dias, com depoimentos de testemunhas, interrogatório do réu e os debates finais.
Silvia, que trabalhava no Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e lecionava na Faculdade da Amazônia Ocidental (FAAO), foi assassinada por asfixia mecânica e encontrada morta dentro de uma caixa d’água em sua residência, em 19 de agosto de 2014.

O caso gerou comoção nas redes sociais/ Foto: Reprodução
Giani foi preso e condenado a 19 anos de prisão em regime fechado, após o primeiro julgamento, ocorrido em 2019. Insatisfeito com a sentença, o Ministério Público do Acre recorreu, e a pena foi elevada para 24 anos.
No entanto, em novembro de 2023, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou o júri, atendendo recurso da defesa. O advogado Sanderson Moura alegou que duas testemunhas essenciais não haviam sido ouvidas durante o julgamento, o que teria prejudicado a defesa.
Além do crime, chama atenção o perfil político de Giani. Ele é apontado como um dos principais militantes bolsonaristas do Acre, frequentemente presente em manifestações de direita.
O julgamento ocorre no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco.