Nesta sexta-feira, 30 de maio, a cidade de Mâncio Lima, situada no interior do estado do Acre, celebra 48 anos de sua emancipação administrativa e política. Localizado no extremo oeste do Brasil, o município marca o ponto mais ocidental do país, situado nas proximidades da nascente do rio Moa, em uma área de fronteira com o território peruano. Em linha reta, é o município brasileiro mais afastado da capital federal, Brasília.

Cidade nasceu às margens do Rio Moa/Foto: Secom/AC
A origem do atual município está associada ao antigo povoado chamado Vila Japiim, implantado em uma extensa área cortada por afluentes do rio Moa, com abundância de igarapés, igapós e paranás. Foi nesse ambiente amazônico que famílias nordestinas — especialmente vindas do Ceará — se estabeleceram, dedicando-se principalmente à extração do látex e à agricultura de subsistência.
Esses desbravadores, cujos nomes pouco aparecem nos registros oficiais, enfrentaram os desafios do isolamento e da mata fechada para consolidar os alicerces da cidade. Sua atuação foi fundamental tanto para o desenvolvimento da região quanto para a proteção de seus recursos naturais.
A criação oficial de Mâncio Lima se deu com a promulgação da Constituição Estadual do Acre, em 1º de março de 1963, quando foi desmembrado do município de Cruzeiro do Sul. No entanto, sua instalação efetiva como município ocorreu somente em 30 de maio de 1977.
De acordo com os dados mais recentes do Censo de 2022, a cidade conta com uma população de aproximadamente 19.300 pessoas.
