Juruá Informativo

Cresce 120% o número de suicídios entre jovens de 10 a 19 anos no Acre em dez anos

Entre os anos de 2013 e 2023, o Acre registrou um aumento de 120% no número de tentativas de suicídio entre adolescentes e jovens com idades entre 10 e 19 anos. Os dados constam no Atlas da Violência 2025, divulgado na última segunda-feira (12) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Esse crescimento ultrapassa a média nacional, que no mesmo intervalo de tempo ficou em 42,7%. Apesar do salto significativo, o Acre não lidera esse tipo de estatística. Outros estados apresentaram variações ainda maiores, como o Espírito Santo (350%), Rio de Janeiro (300%), Distrito Federal (225%), Bahia (140,7%), Rio Grande do Sul (150%) e Tocantins (150%).

Suicídio entre pessoas de 10 a 19 anos cresce 120% em uma década no Acre e supera média nacional/Foto: Reprodução

Embora os números gerais da década apontem para uma tendência de alta, houve queda recente: entre 2018 e 2023, o total de registros diminuiu 15,4%. A redução foi ainda mais acentuada entre 2022 e 2023, quando os casos caíram de 18 para 11 – retração de 38,9%.

O Fórum destaca que os dados escancaram uma falha coletiva em proteger as gerações mais jovens. “Os números refletem o fracasso da nossa sociedade em garantir um ambiente saudável para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. É urgente fortalecer políticas públicas que atuem dentro das famílias, invistam em educação com foco no diálogo e promovam ações de respeito e equidade como formas de preservar a saúde mental e física da juventude”, enfatiza a entidade.

Procura por ajuda é essencial
Para quem enfrenta situações difíceis, buscar apoio pode fazer toda a diferença. O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza atendimento gratuito, com total sigilo e funcionamento 24 horas por dia. O número é 188, e o site é www.cvv.org.br.

Sobre o Atlas da Violência
O Atlas é fruto de uma colaboração entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O levantamento utiliza dados oficiais do Ministério da Saúde, extraídos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), para oferecer um retrato amplo da violência no país, considerando aspectos como gênero, raça e idade.

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