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China cria hospital virtual para treinar agentes médicos de IA

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A China criou um hospital virtual usando inteligência artificial para aprimorar as habilidades de agentes médicos. A iniciativa é do Instituto de Pesquisa da Indústria de IA (AIR) da Universidade Tsinghua em parceria com o Departamento de Ciência da Computação e Tecnologia da mesma instituição.

No “Agent Hospital”, todos os pacientes, enfermeiros e médicos são representados por agentes autônomos, alimentados por grandes modelos (GPT-3.5 e GPT 4.0), que simulam cenários típicos: início da doença, triagem, registro, consulta, exame, diagnóstico, prescrição, reabilitação e acompanhamento.

“O objetivo é permitir que agentes inteligentes acumulem conhecimento médico de forma autônoma durante o diagnóstico, tratamento e processo de aprendizagem, assim como médicos humanos, e alcancem a evolução contínua das capacidades médicas”, diz o artigo.

Informações do personagem virtual (Imagem: AIR/Divulgação)

Como funciona?

A equipe construiu registros médicos de dezenas de milhares de pacientes virtuais diagnosticados com oito doenças respiratórias, incluindo influenza A, influenza B e COVID-19. 

“Supondo que um médico humano trate cerca de 100 pacientes por semana, um médico humano pode levar dois anos para diagnosticar 10.000 pacientes, mas um médico inteligente pode concluir a tarefa em apenas alguns dias”, diz o artigo.

Exemplos das principais etapas de diagnóstico e tratamento (Imagem: AIR/Divulgação)

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Ganhando tempo e habilidade

Segundo os pesquisadores, a maioria dos métodos tradicionais de treinamento de modelos médicos requer uma grande quantidade de dados e informações aplicadas manualmente. Mas eles acreditam que o processo de melhoria das capacidades médicas não deveria depender de dados tão grandes.

Por isso, a equipe projetou um algoritmo de autoevolução de agentes inteligentes chamado “MedAgent-Zero”. O modelo usa duas abordagens: aprendizado (ou seja, leitura de literatura médica) e prática (ou seja, interação com pacientes virtuais e tomada de decisões de diagnóstico e tratamento).

Assim, o agente médico pode interagir com pacientes virtuais de acordo com o processo de diagnóstico e tratamento, acumulando experiência, enquanto conduz o aprendizado autônomo, simulando o processo de aprendizagem de documentos médicos com base em questões geradas pelo LLM.

Apesar dos resultados promissores, o trabalho de pesquisa ainda apresenta certas limitações. Agora, os pesquisadores pretendem otimizar os tipos de doenças cobertas, o nível de detalhes do ambiente de simulação e a seleção e otimização da base do modelo.

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