Na manhã desta terça-feira (27), a deputada estadual Michelle Melo (PDT) apresentou, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), uma solicitação oficial para a realização de uma audiência pública com foco no Caso Joyce.
O episódio, que envolve a morte de Joyce, de 41 anos, ocorrida em 17 de novembro de 2024, no Acre, provocou forte repercussão social e institucional. A gravidade do caso mobilizou o Ministério Público do Acre (MPAC) e o Ministério das Mulheres, que passaram a acompanhar de perto as investigações. A atenção em torno do ocorrido aumentou devido à presença do ex-companheiro da vítima nas circunstâncias do caso, o que levantou questionamentos sobre conflitos anteriores e possíveis falhas nos mecanismos de proteção à mulher.

Joyce morreu aos 41 anos/Foto: Redes sociais
Durante sua fala no plenário, Michelle Melo ressaltou a importância de aprofundar o debate sobre os fatores que envolveram o caso e as lacunas nas políticas públicas voltadas à proteção da mulher. “O caso Joyce é um caso que precisa ser estudado. Ele demonstra alguns erros nas políticas públicas, tanto assistenciais de quem tenta tirar a própria vida, quanto na questão da segurança da mulher que sofre violência emocional, psicológica e estelionato financeiro. E a gente precisa debater sobre isso aqui na Aleac para entender como o Acre pode realmente defender suas mulheres”, declarou a parlamentar.

Cobrança foi feita pela deputada Michelle Melo/Foto: Ascom
A audiência proposta ainda não tem data definida, mas a deputada antecipou que a expectativa é que o encontro aconteça até o mês de julho. A intenção é reunir representantes do Ministério Público, da Polícia Civil, da Secretaria da Mulher (Semulher) e das administrações municipal e estadual para uma discussão ampla sobre os mecanismos de proteção à mulher e assistência psicossocial no estado.
Michelle Melo destacou que o episódio evidencia deficiências no atendimento a vítimas de violência e na prevenção de tragédias semelhantes. “Nós fizemos o protocolo e acredito que até julho nós estaremos com essa audiência pública aqui na casa, com data ainda a ser marcada. Nós queremos o Ministério Público, as instituições fiscalizadoras e queremos, principalmente, o Executivo Municipal e o Executivo Estadual. Nós precisamos conversar sobre a assistência psicossocial no nosso estado e discutir os métodos realmente colocados para a defesa das mulheres, daquelas que sofrem violência. Temos a constatação de que alguns métodos foram falhos e precisamos aprimorar esse caminho”, completou a deputada.