A reunião legislativa realizada nesta quinta-feira (15) na Câmara Municipal de Rio Branco teve como destaque a insatisfação de vereadores oposicionistas quanto à aprovação de um projeto de lei complementar que autoriza a contratação de um financiamento no valor de R$ 67 milhões. O recurso será destinado à compra de novos veículos para o sistema de transporte público da capital.

Vereadores de oposição criticaram a votação/Foto: Reprodução
Parlamentares contrários à proposta criticaram o que classificam como quebra de um acordo prévio sobre a suspensão da sessão. A reunião havia sido interrompida por tempo indefinido na manhã de quarta-feira (14), com o objetivo de permitir um debate mais aprofundado sobre o projeto. Segundo os oposicionistas, a expectativa era de que os trabalhos só fossem retomados oficialmente nesta quinta.
O vereador Zé Lopes (Republicanos) demonstrou insatisfação com o curto espaço de tempo entre a convocação para retomada da sessão e o início da votação.
“Eu estava no Polo Benfica quando recebi a mensagem, às 15h17 minutos, dizendo que a sessão ia iniciar às 15h30. Como eu vou chegar do Polo Benfica, colocar minha gravata e participar de uma sessão em 13 minutos?”, disse.
Já o vereador Eber Machado se posicionou de forma contundente contra o processo que levou à aprovação do projeto, e afirmou que a oposição irá buscar respaldo jurídico diante do ocorrido.
“Vamos também, denunciar essa sessão de ontem, que foi ilegítima. Nós vamos procurar as portas da Justiça. Eu como membro da comissão de transportes, não fui convocado a participar dela”, alegou.
A polêmica em torno da condução da sessão e da votação do projeto deve ganhar novos desdobramentos nos próximos dias, especialmente com a promessa de judicialização por parte da oposição.