O Acre enfrenta uma situação delicada diante da crescente incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), agravada por uma cobertura vacinal contra a Influenza que permanece muito abaixo do recomendado. Conforme dados recentes do Ministério da Saúde, apenas 43,08% do público-alvo no estado foi vacinado, muito aquém da meta ideal de 95%.

Especialistas alertam que a vacinação é uma das principais barreiras contra o agravamento de quadros respiratórios: Foto/ Reprodução
Em Rio Branco, capital acreana e principal centro urbano do estado, os índices também são insatisfatórios. Apenas 46,43% da população prioritária recebeu a dose da vacina contra a gripe, apesar das campanhas de conscientização conduzidas pelas equipes de saúde. O levantamento, baseado nas informações da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), revela um cenário preocupante: nenhum dos 22 municípios atingiu o percentual mínimo de cobertura.
Porto Walter foi a única cidade a ultrapassar a marca dos 60% de imunização. Já municípios como Bujari, Porto Acre e Epitaciolândia apresentam percentuais alarmantemente baixos, variando entre 25% e 31%. Essa defasagem coloca em situação de vulnerabilidade grupos de risco como crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas.
Especialistas alertam que a vacinação é uma das principais barreiras contra o agravamento de quadros respiratórios, principalmente quando há circulação simultânea de diversos vírus sazonais. A baixa imunização pode levar ao aumento das hospitalizações e à sobrecarga do sistema de saúde.
Diante do atual cenário epidemiológico, autoridades de saúde têm reforçado a importância de procurar os postos para atualizar a caderneta de vacinação. Além disso, intensificam as ações de orientação e combate à desinformação sobre os imunizantes, na tentativa de ampliar a adesão da população e frear o avanço da SRAG no estado.