Eleito nesta quinta-feira (8) como novo papa, Robert Prevost será o primeiro papa norte-americano e mais um líder da Igreja Católica a defender abertamente a proteção ao meio ambiente e o equilíbrio climático.
Apesar de falar pouco sobre temas-chave e manter um estilo moderado, algumas de suas posições são conhecidas. Ele estaria muito próximo da visão de Francisco em relação ao meio ambiente, à ajuda aos pobres e imigrantes e ao encontro das pessoas onde elas estão.
Em outubro passado, em seminário realizado em Roma, dedicado a “Abordar os problemas da crise ambiental à luz da Laudato si’ e do Laudate Deum, experiências na América Latina”, Prevost disse que o homem não deve ser um tirano em relação à natureza.
Recém-eleito Papa Leão XIV, o Cardeal Robert Prevost, dos Estados Unidos, aparece na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, em 8 de maio de 2025. Foto: Yara Nardi / Reuters / Folhapress
Ao falar sobre a crescente crise ambiental que o mundo enfrenta, o então cardeal Robert Francis Prevost destacou que é hora de passar “das palavras à ação”. Segundo ele, a resposta a esse desafio deve estar fundamentada na Doutrina Social da Igreja.
O agora Papa Leão XIV afirmou na ocasião que o “domínio sobre a natureza” – missão que teria sido dada por Deus à humanidade – não deve se tornar “tirânico”. Essa relação precisa ser de “reciprocidade” com o meio ambiente, disse, segundo a Vaticano News.
No evento, Prevost ainda alertou para as consequências “nocivas” do desenvolvimento tecnológico e reiterou o compromisso da Santa Sé com a proteção ambiental, citando exemplos como a instalação de painéis solares no Vaticano e a transição para veículos elétricos.
Papa Leão XIV
O cardeal estadunidense Robert Francis Prevost foi eleito nesta quinta-feira como o 267º pontífice da Igreja Católica, assumindo o nome de Leão XIV. Ele é o primeiro papa dos Estados Unidos, com uma extensa carreira pastoral na América Latina, particularmente no Peru, onde realizou intenso trabalho missionário por mais de 18 anos.
Sua eleição ocorre em um momento em que a Igreja Católica assume cada vez mais a responsabilidade em relação à crise climática global. O Papa Francisco, particularmente por meio de sua encíclica Laudato Si’ de 2015, defendeu fortemente a gestão ecológica, apresentando o cuidado com o planeta como um imperativo ético e espiritual.
