A greve dos médicos do serviço público do Acre, que deveria ser iniciada nesta sexta-feira (9) e com tempo de duração indeterminada, foi suspensa nesta manhã, em decisão liminar da desembargadora Denise Castelo Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre. A magistrada aceitou os argumentos da Secretaria de Estado de Saúde para que a greve não fosse iniciada e estabeleceu como punição, caso os médicos insistam no movimento, o pagamento de R$ 10 mil por cada hora de atividades paralisadas.
A greve havia sido convocada pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), suspendendo consultas e cirurgias eletivas. Segundo a categoria, o atendimento às crianças continuaria normalmente, assim como a pacientes oncológicos e de emergência.
Os médicos afirmam que o setor de urgência e emergência também não seria afetado e que o atendimento passaria a ser prioritariamente para pacientes classificados com as fichas laranja, vermelha e amarela. No caso de fichas azuis e verdes, a recomendação é que o paciente procure uma unidade básica de saúde.
Os grevistas deveriam se concentrar na sede do Sindmed-AC durante toda a paralisação, não realizando protesto de rua neste primeiro momento. No interior, a entidade está articulando pontos de encontro para que os médicos possam permanecer. Os médicos reivindicam o pagamento de gratificações e plantões extras.
No entanto, com a concessão da liminar da desembargadora Denise Castelo Bonfim, o movimento de paralisação está suspenso. O presidente do Sindmed, Guilherme Pulici, não comentou se a categoria vai acatar ou não a decisão judicial.