A psicóloga Ana Carolina, que atendeu a cantora Nayara Vilela meses antes de sua morte, e o perito Everton Araújo do Nascimento, que esteve no local onde o corpo foi encontrado, foram ouvidos durante a audiência de instrução iniciada nesta quinta-feira (8). O empresário Tarcísio Som, acusado de feminicídio, pode ser levado a júri popular após o processo.
Ana Carolina, que havia prestado assistência à vítima em três sessões, relatou que o atendimento ocorreu alguns meses antes do incidente. Com base no Código de Ética Profissional da Psicologia, a psicóloga optou por não entrar em detalhes sobre a vida pessoal de Nayara, remetendo as informações ao relatório que ela havia elaborado a pedido da justiça.

Audiência de instrução do caso que pode levar empresário Tarcísio Som a júri popular por feminicídio de Nayara Vilela/Foto: ContilNet
“Optei por me manter em silêncio, visto que o relatório que entreguei contém todos os detalhes relevantes. Como o acompanhamento foi interrompido há quatro meses antes do falecimento, não tenho novas informações a fornecer”, afirmou.
Durante a audiência, o promotor Efrain Mendonça questionou a psicóloga sobre a existência de uma rede de apoio para Nayara, incluindo Tarcísio. Ana Carolina, entretanto, manteve sua postura de silêncio e sugeriu que o promotor consultasse o relatório. O juiz Alesson Braz então a dispensou da audiência.
O perito Everton Araújo do Nascimento, que esteve no local da morte de Nayara logo após a chegada das autoridades, afirmou que a arma do crime havia sido movida de seu local original. “Notamos marcas de arrastamento no ambiente, indicando que a vítima foi deslocada. A pistola foi reposicionada em outro ponto, pois abaixo do local onde foi encontrada havia marcas de calçado”, detalhou o perito.