Na tarde desta terça-feira, exatamente às 21h no horário local de Roma (14h no Acre), uma espessa fumaça preta emergiu da chaminé da Capela Sistina, comunicando ao mundo que a Igreja Católica ainda não definiu seu novo líder espiritual. Esse sinal visual tradicional indica que, na primeira rodada de votação do conclave, nenhum dos cardeais obteve a maioria qualificada de dois terços dos votos, requisito indispensável para a escolha do novo papa.

Fumaça preta saiu da capela sistina/Foto: Reprodução
O fenômeno é resultado da queima das cédulas de votação combinadas a substâncias químicas específicas, cujo propósito é tornar evidente para a multidão reunida na Praça de São Pedro o desfecho de cada escrutínio. Este foi o primeiro sinal emitido desde o início do processo secreto de eleição, que conta com a participação de 120 cardeais eleitores oriundos de diversas regiões do planeta. Os nomes cogitados durante as deliberações são mantidos sob sigilo rigoroso, conforme o juramento solene assumido pelos participantes.
Historicamente, esse processo pode durar de dois a quatro dias, com até quatro votações diárias, até que se atinja um consenso. Enquanto isso, milhões de fiéis espalhados pelo mundo acompanham cada movimento do Vaticano com expectativa e oração.
A realização do conclave foi motivada pela vacância do trono papal, seja por falecimento ou renúncia — como aconteceu em 2013 com Bento XVI. A definição do novo pontífice terá implicações profundas sobre o futuro da Igreja, especialmente diante dos complexos desafios que ela enfrenta nos campos social, espiritual e político.
A atenção dos católicos se mantém voltada para a Capela Sistina. Quando finalmente subir a fumaça branca, será o sinal de que a decisão foi tomada. Nesse momento, o anúncio “habemus Papam” marcará o início de uma nova fase na história da Igreja.