A Assembleia Legislativa do Acre promoveu, nesta quarta-feira (7), uma audiência pública para discutir a condição preocupante da BR-364, cuja trafegabilidade está severamente comprometida. Entre os participantes do encontro, esteve o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Acre, Ricardo Araújo, que concedeu entrevista à imprensa local.
Situação da BR-364 é crítica/Foto: ContilNet
Segundo ele, está prevista para os próximos dias a liberação de um montante superior a R$ 300 milhões, valor que será destinado à primeira fase das obras de recuperação da rodovia que liga diversos municípios do estado.
Além do investimento, Ricardo anunciou a chegada de duas balanças rodoviárias que serão utilizadas para fiscalização do peso de veículos pesados na BR-364 — equipamento que estava ausente havia quatro meses. A ausência do controle de carga, segundo o superintendente, agravou o desgaste da estrada.
“A boa notícia que trazemos aqui é a de que conseguimos balanças para a rodovia, depois de quatro meses sem balança. São duas balanças para a BR, que fazem com que a gente consiga controlar o peso dos veículos. A parte do recurso já deve ser liberada até o fim de maio. São várias janelas, mas essa inicial chega a mais ou menos R$ 300 milhões para começar os trabalhos. Com isso, já vamos começar a construir os macadames, que são uma parte da reconstrução”, explicou.
Ricardo também antecipou que, até setembro, será licitada uma extensão inicial de 100 quilômetros, entre Sena Madureira e um trecho situado aproximadamente 20 km após a entrada de Manoel Urbano. Um segundo trecho, com mais 100 km de extensão até a cidade de Feijó, também está no planejamento para ser licitado ainda este ano.
“Com as licitações de 2025, vamos alcançar cerca de 200 km em obras já neste ano. A meta para 2026 é licitar mais 200 km, contemplando o percurso entre Feijó e a região do Rio Liberdade”, afirmou.
Para o superintendente, a situação atual da BR-364 exige um processo completo de reconstrução. Ele destacou que até o fim de 2023, a estrada apresentava boas condições, mas que o excesso de peso dos veículos, somado à demora na aprovação orçamentária federal, comprometeu rapidamente a integridade da via. “Sem recursos nos primeiros meses do ano, fizemos apenas o possível. Agora, estamos trabalhando para garantir acesso seguro à população que depende da rodovia”, concluiu.
