No final de maio, o Rio de Janeiro vai sediar um evento para debater investimentos para a transição climática e a valorização da natureza. A ideia é apresentar propostas para o “Roteiro de Baku para Belém para 1,3T”, que busca promover financiamento para países em desenvolvimento, além de consolidar o protagonismo do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono.

Estrada em Santo Antônio do Matupi, no Amazonas: Fórum discute financiamento climático, biodiversidade e desenvolvimento sustentável às vésperas da COP30 — Foto: Brenno Carvalho
O II Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza (FFCN) está marcado para os dias 26 e 27 de maio, no Rio. Ele pretende ser uma espécie de preparação para a COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.
Além do financiamento de projetos sustentáveis, os debates vão incluir formas de criar ambientes institucionais e regulatórios que estimulem a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis nos países em desenvolvimento.
Entre os participantes confirmados estão o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Fernando Haddad (Fazenda), além de representantes de instituições como o Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, Banco Europeu de Investimento, OMC e Club de Madrid.
Com base em dados da Comissão Global sobre Economia e Clima, que estima a necessidade de US$ 6 trilhões anuais em investimentos até 2030, o Fórum propõe que governos, setor privado e sociedade civil estejam alinhados para viabilizar modelos financeiros e políticas públicas que conciliem desenvolvimento socioeconômico e a conservação da biodiversidade.
As discussões devem abordar também o Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal e as transformações em curso na economia mundial — como a industrialização verde e a reforma da arquitetura financeira.
Organizado por sete instituições da sociedade civil — entre elas: Instituto Arapyaú, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Igarapé e Open Society Foundations —, o fórum busca ser um espaço estratégico para o diálogo entre finanças, clima e natureza, com o objetivo de contribuir para a implementação efetiva do Acordo de Paris e o fortalecimento de políticas sustentáveis globais.