A sessão desta quarta-feira (2) na Câmara Municipal de Rio Branco, for marcada pela denúncia do vereador Neném Almeida (MDB) sobre supostas fraudes envolvendo servidores comissionados da Prefeitura. Segundo o parlamentar, os funcionários temporários estariam falsificando documentos para obter empréstimos consignados, uma prática que é restrita a servidores efetivos.
O parlamentar relembrou um caso semelhante ocorrido no passado na administração estadual, que resultou em um prejuízo milionário. “Anos atrás, houve um esquema fraudulento de empréstimos consignados que não eram permitidos, resultando em um prejuízo de mais de R$ 20 milhões ao Banco do Brasil. Agora, a denúncia já foi feita, e a polícia está investigando para identificar os responsáveis por essa fraude nos contracheques”, explicou.

Comissionados estariam falsificando documentos/ Foto: Reprodução
Neném Almeida afirmou que sua assessoria está em busca de reunir provas para apresentar formalmente as denúncias, e que irá protocolar um requerimento exigindo informações da Prefeitura sobre a concessão de empréstimos consignados a servidores comissionados.
Vamos solicitar que a gestão municipal nos informe quantos e quais comissionados, desde janeiro, obtiveram consignados nos bancos públicos. Espero contar com o apoio do presidente desta Casa, pois isso também afeta a Prefeitura. Fraudar documentos é crime, e precisamos descobrir quem está por trás disso”, enfatizou Almeida.
O secretário de Articulação da Prefeitura de Rio Branco, Jhonatan Santiago, afirmou que a administração desconhece qualquer irregularidade, e garantiu que, caso seja comprovada, medidas serão tomadas imediatamente.
“Se o vereador possui nomes e informações concretas, ele deve encaminhá-los ao Executivo. Estamos à disposição para tomar as providências necessárias, incluindo a comunicação à polícia e a abertura de um processo administrativo”, disse.
Santiago explicou ainda que a Prefeitura não tem envolvimento na concessão de empréstimos consignados, limitando-se apenas a fornecer um documento sobre a margem consignável do servidor.
“O município não interfere nesse processo, pois os contratos são formalizados diretamente entre o servidor e o banco. Se houver fraude, queremos apurar e responsabilizar os envolvidos”, acrescentou.