As atualizações tarifárias passam a ocorrer anualmente, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
A conta de água dos consumidores de Rio Branco terá um reajuste tarifário de 4,76% a partir de maio deste ano, conforme previsto na Resolução nº 103/2024 da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre (Ageac). Segundo o Serviço de Água e Esgoto (Saerb), o aumento será aplicado de forma escalonada: a primeira parte, de 2,38%, passa a valer em maio, e a segunda, também de 2,38%, será incorporada em junho.
No total, a fatura terá um acréscimo de R$ 38,37. A medida segue a Resolução nº 98/2023, que determinou que as atualizações tarifárias passem a ocorrer anualmente, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), responsável por medir a inflação oficial do país.
A nova metodologia corrige uma defasagem histórica, segundo a prefeitura/ Foto: Secom
A nova metodologia corrige uma defasagem histórica, segundo a prefeitura. A última atualização havia sido feita em 2009, há 15 anos. Desde então, os valores estavam ultrapassados estariam prejudicando o equilíbrio financeiro do sistema de abastecimento.
Para compensar parte dessa defasagem, foi aplicado um reajuste de 36,29% em janeiro deste ano, calculado com base na inflação acumulada entre janeiro de 2018 e outubro de 2023.
O gerente comercial do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), Jamerson Valle, afirmou que a correção é essencial para garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados.
“A atualização com base no IPCA é necessária para garantir a sustentabilidade do sistema. Os custos operacionais com manutenção, energia elétrica e tratamento da água exigem investimentos constantes. Além disso, o aumento dos insumos, impulsionado pela inflação, impacta diretamente no equilíbrio financeiro da distribuição de água e esgoto”, explica.
O IPCA, calculado pelo Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC), é utilizado como referência por diversos setores da economia e acompanha a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras em áreas urbanas, abrangendo cerca de 90% da população urbana do país.
