Rafhael Gomes da Silva, de 25 anos, acusado de assassinar Vicente Lima de Aguiar, de 60 anos, em julho do ano passado, vai ser julgado pelo Tribunal do Júri em Rio Branco. A decisão foi tomada pela 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da cidade. Silva responde por homicídio qualificado e por integrar organização criminosa.
O crime ocorreu no dia 10 de julho de 2024, quando Rafhael foi até o comércio de Aguiar e, ao pedir um salgado, revelou sua intenção de matá-lo. Após cometer o assassinato, o suspeito fugiu, mas foi preso no dia seguinte, em 11 de julho.

Rafhael Gomes da Silva é acusado de assassinar Vicente Lima de Aguiar e vai ser julgado pelo Tribunal do Júri em Rio Branco / Foto: Cedida
De acordo com o Ministério Público, o crime foi motivado por disputas entre facções criminosas na região. “A investigação apontou que a guerra entre organizações criminosas foi o principal fator por trás do homicídio, com a intenção de ampliar os domínios territoriais e controlar o tráfico de drogas”, afirmou o promotor Teotonio Rodrigues.
Durante a defesa, a advogada de Silva, Bárbara Araújo de Abreu, questionou o reconhecimento do réu por testemunhas e a validade das provas, sugerindo que não seriam suficientes para uma acusação formal. No entanto, o Ministério Público mantém a acusação com base nos indícios de autoria e materialidade do crime.
Após a prisão de Silva, a polícia encontrou evidências, incluindo roupas semelhantes às descritas por testemunhas, uma arma de fogo e munições. O delegado Alcino Souza comentou sobre o caso e mencionou que o suspeito estava se escondendo em uma residência vinculada a membros de facções criminosas.
Após a prisão de Silva, a polícia encontrou evidências, incluindo roupas semelhantes às descritas por testemunhas, uma arma de fogo e munições
Vicente Aguiar foi morto com três tiros dentro de sua lanchonete, localizada no bairro Taquari. A vítima não resistiu aos ferimentos e faleceu antes da chegada do Samu. A filha de Aguiar, que preferiu não ser identificada, se pronunciou sobre o caso e desmentiu boatos de que a família teria algum envolvimento com facções, ressaltando que seu pai sempre foi trabalhador.
A defesa segue contestando as provas, enquanto o júri popular está agendado para avaliar os fatos e a responsabilidade de Rafhael Gomes da Silva no homicídio de Vicente Lima de Aguiar.