Federação PP e União Brasil: novo partido terá perfil conservador e não deve apoiar reeleição de Lula

Senador disse que, após a formalização da fusão partidária, vai trabalhar para que a sigla desembarque do governo e passe a fazer oposição com vista à eleição de um novo presidente de direita

O mega partido que vai surgir a partir da fusão do União Brasil com o Progressistas, cuja união será anunciada na manhã desta terça-feira (29), em Brasília, sob o nome de União Progressista, não vai apoiar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silvam do PT.

A informação foi dada besta terça por um dos futuros presidentes da sigla, o senador Ciro Nogueira (PI), em entrevista à rede de TV CNN.

Presidente nacional do PP, Ciro Nogueira. Foto: Cristiano Mariz/Agência OGlobo.

Ainda falando como presidente nacional do Partido Progressistas (PP), o senador afirmou na entrevista à CNN que o novo partido não pretende apoiar a reeleição de Lula e marca uma condição de oposição ao governo federal e destacou que a federação partidária em formação, que inclui o PP, tem um viés conservador e de centro-direita. Segundo ele, cerca de 90% dos membros tendem a ser oposição ao governo atual.

O senador expressou sua expectativa de que, em breve, após a consolidação da federação, haja discussões sobre um “desembarque total” do governo.

“Nós não temos identidade, nem apoiamos”, afirmou Nogueira. Questionado sobre a posição do União Brasil, partido que atualmente ocupa ministérios no governo Lula, Nogueira evitou falar em nome da legenda aliada. No entanto, manifestou esperança de que o partido também se afaste do governo, argumentando que os partidos da federação têm “um pensamento muito semelhante”.

Ciro Nogueira enfatizou a necessidade de começar a preparar a campanha para as próximas eleições. “Pode ter certeza, nós não estaremos apoiando o atual presidente na sua candidatura à reeleição”, reiterou o senador, deixando clara a posição do PP para o pleito de 2026.