Desaprovação a Lula já é maior do que viveu Bolsonaro em seu pior momento de governo: 56%

Números são de pesquisa do Instituto Genial/Quaest e revelam o pior momento de Lula na história de seus três mandatos na presidência

Divulgada na manhã desta quarta-feira (2), pesquisa do Instituto Genial/Quaest, sediado em Brasília, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vive o pior cenário em desaprovação na história de seus três mandatos presidenciais e que, nos últimos dias, alcançou índices bem piores do que o então presidente Jair Bolsonaro. No pior patamar desde o início da gestão, em janeiro de 2023, a pesquisa mostra que a aprovação do governo voltou a cair em mais 7 pontos percentuais e a reprovação chegou a 56%.

Lula e Jair Bolsonaro/Foto: AFP

No último levantamento do mesmo instituto de pesquisa, em janeiro deste ano, a avaliação negativa do petista era de 49%. A atual pesquisa mostrou que só 41% aprovam a atual gestão – em janeiro eram 47%, enquanto 3% não souberam ou não responderam.

Esta é a primeira pesquisa divulgada após as medidas anunciadas pelo governo para tentar reverter a desaprovação. No início de março, o presidente aprovou um conjunto de ações para reduzir o preço dos alimentos, fator apontado como crucial na reprovação do petista. Lula também tem intensificado as viagens pelo país e, recentemente, divulgou iniciativas para ampliar o acesso ao crédito, como o empréstimo consignado para trabalhadores CLT e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.

Até mesmo no Nordeste, região do país em que Lula sempre foi bem avaliado, acima da média nacional, a queda na aprovação ao governo e ao presidente seguiu o ritmo de queda, chegando a 52%. A desaprovação é de 46%. A rejeição já é maior na Região Sul: 64% de reprovação contra 34% de aprovação. A pesquisa ainda aponta que a desaprovação ultrapassou a avaliação positiva, pela primeira vez, em grupos como mulheres e pessoas pretas e pardas.

A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais.