As denúncias do ContilNet sobre o envolvimento de um dirigente do PSOL no Acre, Jamyr Rosas, que é ao mesmo tempo coordenador local do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), de irregularidades na condução de uma ocupação de uma área pública no bairro Defesa Civil, em Rio Branco, que passou a se chamar Ocupação “Marielle Franco”, repercutiram no Senado nesta terça-feira (8).
Em pronunciamento na tribuna nesta tarde, o senador Márcio Bittar (UB-AC) leu as reportagens que tratam do assunto e classificou que as denúncias fazem parte de algo corriqueiro no Brasil.

O senador cobrou investigações acerca da denúncia/ Foto: Reprodução
O senador classificou o MTST de versão urbana do MST (Movimento dos Sem Terra) e criticou o Governo Federal, sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por levar a bordo do avião presidencial o líder intelectual da organização, o economista gaúcho João Pedro Stedile.
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“É este homem, o líder dos fora da lei que invadem terras no Brasil, que viaja a bordo do avião presidencial para que o governo brasileiro faça negócios no exterior. Veja a que ponto chegamos”, disse o senador.
As denúncias contra Jamyr chegaram ao MPAC e ao MPF/Foto: Reprodução
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Numa de suas viagens à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve como membro de sua comitiva o líder do MST e o caso foi criticado no Senado em 2023, o que foi lembrado agora por Márcio Bittar no caso do líder do MTST no Acre. O senador disse esperar que os ministérios públicos do Estado e o Federal, que já têm conhecimento dos assuntos levantados pela reportagem do ContilNet sejam investigados. “Não podemos deixar que isso se torne corriqueiro no Brasil”, disse.