Defesa nega que acusado de liderar ataques na Cidade do Povo tenha vínculo com facção

A defesa de Francisco Gleidson de Souza Nunes, de 31 anos, conhecido como “Neném”, se pronunciou publicamente nesta terça-feira (14) por meio de nota de esclarecimento, após a divulgação de notícias que o apontam como líder de uma facção criminosa envolvida em recentes ataques violentos no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco (AC).

Francisco Gleidson foi um dos dois presos mantidos sob custódia após audiência no domingo (6), conforme decisão da Vara das Garantias da capital. Segundo a polícia, ele seria o principal articulador dos atentados registrados no conjunto e teria ordenado crimes de homicídio, com o auxílio de Marlon Kelvy Cruz Dantas, de 20 anos, também preso e com mandado em aberto por rompimento de tornozeleira eletrônica.

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No entanto, a defesa de Gleidson contesta veementemente essas acusações. De acordo com o documento assinado por seus advogados, a prisão ocorreu por um suposto flagrante relacionado ao porte de munições de uso restrito, sem qualquer indício concreto que comprove sua liderança ou mesmo participação em organização criminosa.

“O noticiário local distorceu os fatos e promoveu uma tentativa de criminalização antecipada de Francisco, ferindo o princípio constitucional da presunção de inocência”, afirma a nota. A defesa também informou que já foram adotadas providências junto à Corregedoria da Polícia Militar do Acre para apurar supostos abusos cometidos durante a abordagem e a prisão do acusado.

Defesa de acusado de liderar ataques na Cidade do Povo nega vínculo com facção/Foto: Reprodução

A nota ressalta ainda que as investigações devem respeitar o devido processo legal, e que a inocência de Francisco Gleidson será comprovada em juízo. “Confiamos no contraditório, na ampla defesa e no Poder Judiciário”, finaliza o comunicado.

Enquanto isso, as investigações da Delegacia de Flagrantes (Defla) continuam em andamento com o objetivo de desarticular o grupo criminoso apontado como responsável pela recente onda de violência na região. A Polícia Civil reforça o pedido de colaboração da população por meio do Disque Denúncia 181.

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