O mercado está amplamente aberto; ninguém, na história, deixou de tomar café. Com os chineses e indianos entrando na jogada, o volume tende a aumentar
É hora de sonhar… e sonhar grande! Se os acreanos acreditassem em hipérboles, já teriam saído do marasmo e talvez até teriam um café mais forte que o expresso! É verdade que somos pobres e felizes, mas imagina se fôssemos felizes e ricos? A vida poderia ser tão boa que até o café da manhã se tornaria um brunch chique, com direito a croissant e tudo!
Mas vamos deixar a filosofia de boteco de lado, porque o feriadão está chegando e aquela reunião de família, que parece mais um episódio de reality show, precisa de assunto. Vamos combinar: discutir quem vai levar a farofa é tão emocionante quanto assistir a tinta secar. Vamos falar de café, que é bem mais saboroso!
Ontem, celebramos o Dia Internacional do Café, e eu, que sou apaixonado por números (e café, claro!), não poderia deixar essa data passar em branco. Desde 1970, o Acre tem potencial para produzir café, e os produtores rurais têm se empenhado nisso como se fosse uma maratona de café! Mas foi em 2023 que o “boom” realmente aconteceu! O cultivo de café disparou, com mais de 1.700 hectares plantados, um aumento de 40% em seis anos e mais de 1.000% em comparação a dados históricos. É como se os grãos tivessem tomado Red Bull e decidido fazer uma rave!
E a melhor parte? Cada hectare pode render cerca de R$ 80.000! Que beleza! Se o setor produtivo (isso envolve todos, uma política de estado, e talvez até uma dança do café) tiver a meta de cultivar 10% da área degradada do Acre, estaríamos falando de cerca de 50.000 hectares. Sem derrubar um único pé de mangueira, poderíamos acordar bilionários!
Não seria fácil, mas como dizem, a gente enfrenta um desafio de cada vez… a gente não come uma baleia de uma vez só. É uma mordida por vez. As metas precisam ser claras, e os esforços devem ser direcionados nesse sentido.
Imagine se cada pecuarista reduzisse o espaço de algumas vacas e plantasse café? Isso é viável! A média de gado por pasto no Acre, de mamando a caducando é de cerca de 2,1 hectares por cabeça, o que significa 30.000 pés de café e R$ 160.000 de receita para cada vaquinha. Olha só que estratégia: menos vaca, mais café!
É estratégico pensar fora da caixa.
O mercado está amplamente aberto; ninguém, na história, deixou de tomar café. Com os chineses e indianos entrando na jogada, o volume tende a aumentar. Rondônia já é um dos maiores produtores, e nós, aqui no Acre, nos beneficiamos da geografia. É o cavalo selado, ou melhor, o café selado!
Agora, vamos às contas de padaria, porque até o café precisa de matemática!
Cálculo da Produção de Café
- Média de produção por hectare: 80 sacas
- Preço atual por saca: R$ 1.900,00
- Área total considerada: 50.000 hectares
Resultados Finais
- Total de sacas produzidas: 4.000.000 sacas (quatro milhões de sacas, ou seja, café suficiente para abastecer dois dias de gente agitada!)
- Receita total: R$ 7.600.000.000,00 (sete bilhões e seiscentos milhões de reais, ou o suficiente para comprar um monte de café e ainda sobrar para um brunch!)
Essa é a força do café no Acre! Vamos brindar com uma xícara fumegante e sonhar alto!
* Thiago de Almeida é economista, pós-graduado em Agronegócio e ESG (Environmental, Social, and Governance).

