O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, participou do podcast Em Cena, do ContilNet, na última terça-feira (15), e falou sobre a criação a apresentação de um projeto de lei que incentivará casas de recuperação na capital acreana para que recebam dependentes químicos para tratamento.
Segundo Bocalom, o projeto já vem sendo trabalhado desde a sua última gestão à frente do município, no entanto, devido a burocracias, somente agora será apresentado na Câmara dos Vereadores.
O gestor afirmou, ainda, a ideia é que após o tratamento, as pessoas possam ir para outro local/ Foto: Reprodução
“A gente quer dar um suporte para essas casas de apoio, para que o que elas conseguirem tirar da rua, a gente dá o suporte para cuidar dessas pessoas, pagar diárias, pois muitas vezes a entidade busca o cidadão e leva, aí o cidadão fica um dia, dois dias, e vai embora e você não pode fazer nada, a lei não permite que segure”, disse.
De acordo com o Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, na capital acreana, com base nos dados de 2012 a 2021, existem 28 pessoas em situação de rua para cada 100 mil habitantes, dado que pode facilmente ser observado ao caminhar pela região central da cidade, dada a grande quantidade de pessoas nestas condições concentradas na região.
De acordo com o prefeito, a intenção é que as casas de recuperação consigam tratar essas pessoas em situação de vulnerabilidade pelo maior período de tempo possível, para que possam ser reinseridos na sociedade, para isso, serão propostas premiações.
“Se a entidade segura ele por 6 meses, a gente dá um bônus, se ela segura um ano, a gente dá mais um prêmio para a entidade. Um ano depois o cidadão está pronto para voltar para a sociedade, só que o ideal é que ele não volte para cá, pois se ele voltar para o convívio onde ele mexia com drogas, você pode ver, a grande maioria acaba voltando para as drogas”, explica.
Tião Bocalom foi o entrevistado do Em Cena desta semana/ Foto: ContilNet
O gestor afirmou, ainda, a ideia é que após o tratamento, as pessoas possam ir para outro local, e que as famílias serão apoiadas para acolhê-los.
“O nosso projeto é que outro parente, fora daqui, receba esse cidadão na casa dele, de outro estado, para ficar longe daqui. Vamos dar um prêmio para a entidade que conseguir recuperar, e vamos dar também condições para que ela possa comprar roupa boa, passagem, e colocar uma ajuda na mão dele para que ele vá morar em um outro lugar”, ressaltou.
A afirmação do prefeito surge em meio à polêmica mudança do Centro Pop do Centro de Rio Branco, como determina o Ministério Público do Acre (MPAC). A possível instalação da unidade em uma casa no bairro Castelo Branco tem gerado insatisfação por parte dos moradores da região.