A manifestação visa sensibilizar o poder público, especialmente o prefeito, sobre a necessidade de garantir recursos para o circuito
Integrantes de várias quadrilhas juninas da capital acreana lotaram a Câmara Municipal de Rio Branco durante a sessão desta terça-feira (15), para fazer um apelo aos vereadores, buscando garantir apoio para a realização do circuito junino em 2025, que, segundo eles, poderá não acontecer por falta de recursos.
As quadrilhas ocuparam o prédio da Câmara/Foto: ContilNet
A presidente da Liga das Quadrilhas Juninas do Acre, Francilene Santos, explicou que a manifestação visa sensibilizar o poder público, especialmente o prefeito, sobre a necessidade de garantir recursos para o circuito.
“A reivindicação é pra ver se o prefeito dá um jeitinho de realizar a temporada junina de 2025. Ele falou que não tem recurso, por causa da alagação, de um monte de coisa. E a gente tá tentando reivindicar e mostrar a importância que é a temporada junina”, disse.
Ela destacou que, além de manter viva a tradição das quadrilhas, o evento movimenta uma ampla cadeia produtiva e contribui para a economia local.
O apoio da Câmara é fundamental para que os vereadores encontrem, junto ao Executivo, uma forma de viabilizar o circuito/Foto: Reprodução
“A gente envolve não só o movimento, que tem que permanecer vivo, mas é uma obrigação da prefeitura fomentar a cultura municipal. A gente já não tem uma sustentabilidade grande, porque o recurso nunca dá pra manter a cultura. E agora vêm dizer que não tem recurso? A gente precisa de muitas coisas”, afirmou.
Francilene também alertou que a ausência do circuito pode comprometer o futuro do movimento junino na capital.
“A gente não pode deixar isso parar, porque, se não faz agora, não vão fazer mais. E a gente precisa, porque não envolve só a quadrilha junina. Envolve pequenos produtores, os bairros, os arraiais. Além de ajudar a sustentabilidade da quadrilha, também ajuda os produtores da comida, aquela cadeia alimentar de tudo que tá lá”, explicou.
A líder do movimento citou ainda que o impacto econômico do evento é significativo.
“Os tecidos, os armarinhos… tudo isso. O círculo de recurso é uma cadeia de sustentabilidade que serve a todos”, defendeu.
Ela ressaltou que o apoio da Câmara é fundamental para que os vereadores encontrem, junto ao Executivo, uma forma de viabilizar o circuito.
“A gente quer pressionar os vereadores pra que eles consigam achar um meio de nos ajudar a realizar, porque são três etapas boas: os cantos de junina, os arraiais no bairro… Com um arraial a gente faz 30, 20 mil reais, e isso é o que ajuda, porque não tem um fundo direto pras quadrilhas. A gente vem sobrevivendo”, disse.
