O médico cardiologista Carlos Augusto da Costa Ferreira, que morreu aos 79 anos, foi sepultado na tarde de segunda-feira (14), no Cemitério São José, em Xapuri. O corpo chegou à capela do cemitério por volta das 16h e, às 18h, foi realizado um momento de oração com a presença de familiares, amigos e antigos pacientes.
O enterro aconteceu na tarde de segunda-feira (14)/Foto: ContilNet
Natural de Xapuri, Carlos Augusto deixou a cidade ainda jovem, aos 13 anos, para estudar em um colégio interno em Belém (PA). Posteriormente, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou no curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, sendo aprovado na primeira tentativa. Segundo familiares, o médico era um dos primeiros da turma e chegou a ser incentivado pelos professores a permanecer no Rio de Janeiro, onde poderia construir uma carreira como cirurgião. No entanto, retornou ao Acre após o adoecimento do pai, para apoiar a família e ajudar os irmãos nos estudos.
De volta ao estado, estabeleceu-se em Rio Branco, onde fundou a Cardioclínica, inicialmente localizada em uma pequena casa de madeira na Rua Arthur Vargas. A clínica se consolidou ao longo das décadas, mantendo-se como referência em atendimento cardiológico. Além da atuação clínica, Dr. Carlos foi diretor do Hospital de Base do Acre (atual Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco).
Conhecido pela dedicação aos pacientes mais humildes, mantinha parcerias com instituições como o Hospital Souza Araújo, onde realizava atendimentos voluntários e ações sociais em datas comemorativas como Natal, Dia das Crianças e Ano Novo. Segundo relatos da família, ele nunca se distanciou de suas origens e era lembrado pela simplicidade e empatia no exercício da profissão.
A decisão de ser sepultado em Xapuri atendeu a um desejo antigo do médico, que mesmo tendo vivido a maior parte da vida em Rio Branco, fazia questão de manter laços com a cidade natal.
Carlos Augusto deixa dois filhos, um veterinário e uma fonoaudióloga, e netos que se inspiram em sua trajetória e que hoje se preparam para ingressar na área da saúde. O irmão Gilberto Ferreira, também cardiologista, e outros familiares participaram da cerimônia de despedida.