Ex-prefeito boliviano preso pela PF no Acre está à espera de extradição pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil

Na segunda-feira (14), o Supremo Tribunal Federal (STF) deve se manifestar, em Brasília, sobre o pedido de extradição do cidadão boliviano Gatty Ribeiro, ex-prefeito de Pando, cidade de Cobija que faz fronteira com os municípios brasileiros de Epitaciolândia e Brasiléia. O político e ex-jogador de futebol da seleção boliviana foi preso em Rio Branco, no Acre, a pedido da Interpol, a polícia internacional, que o havia incluído em sua lista vermelha de procurados ao redor do mundo.

Gatty Ribeiro é ex-jogador da seleção boliviana de futebol e, ao se aposentar do futebol, ganhou projeção política ao ser eleito prefeito de Cobija em 2019/Foto: Reprodução

Gatty Ribeiro tem prisão decretada na Bolívia, acusado de corrupção e crimes contra a administração pública desde 2023, logo após deixar o cargo de alcaide (prefeito) na capital de Pando. Ele vivia em Epitaciolândia, no Acre, há três anos. Atualmente, após ser levado à Delegacia da Polícia Federal em Epitaciolândia, está na capital acreana, mas continua preso na sede da PF, no bairro Cidade da Justiça.

Sua prisão foi realizada com base em um mandado de prisão preventiva expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Interpol, que também incluiu o nome de Gatty em sua lista vermelha de procurados desde julho de 2023. Em audiência de custódia, o juiz plantonista decidiu que ele deve permanecer preso à espera do cumprimento da extradição.

Gatty Ribeiro é ex-jogador da seleção boliviana de futebol e, ao se aposentar do futebol, ganhou projeção política ao ser eleito prefeito de Cobija em 2019, pelo Pando Unido Y Digno (PUD), partido de oposição, com 49,1% dos votos. Em 2021, mudou de legenda e foi para o Movimento ao Socialismo (MAS), do ex-presidente Evo Morales, que também está acusado de crimes parecidos e também corre risco de ser preso.

A Justiça boliviana determinou sua prisão preventiva por suspeitas de corrupção envolvendo recursos públicos e por crimes contra a saúde pública, com base no artigo 216 do Código Penal boliviano — que prevê pena máxima de até 4 anos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) no Brasil já havia se manifestado favorável à prisão cautelar para fins de extradição em março deste ano.

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