De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o índice de endividamento das famílias brasileiras chegou a 77,1% em março. Esse número representa o maior percentual desde novembro do ano passado e uma alta de 0,7% em relação a fevereiro, o que significa um acréscimo de 0,92%. Em termos absolutos, 12.905.400 famílias informaram ter algum tipo de dívida.

No total, 12.905.400 famílias relataram possuir algum tipo de dívida/Foto: Reprodução
Apesar do crescimento no endividamento, o número de famílias com contas em atraso teve uma leve redução de 0,12%, caindo de 4.870.890 para 4.865.140. Também foi registrado um recuo de 0,41% no total de famílias que afirmam não ter condições de quitar suas dívidas na data de vencimento, o que atingiu 2.138.060 lares.
No Acre, os números seguem a tendência observada no Brasil, mas com percentuais mais elevados. Segundo levantamento da Federação do Comércio do Estado, 81,3% das famílias acreanas estão endividadas, o que marca o maior índice desde março do ano anterior. Isso equivale a 95.538 famílias com dívidas em aberto.
Por outro lado, o número de famílias com contas em atraso no estado apresentou uma leve queda de 0,6 pontos percentuais, passando de 35,1% para 34,5% em março, o que sugere uma melhora na gestão financeira. Atualmente, 40.524 famílias enfrentam dificuldades para manter os pagamentos em dia. A maior parte dessas famílias tem uma renda de até três salários mínimos, grupo que também registra os maiores índices de inadimplência.
O aumento no endividamento é explicado pela maior oferta de crédito com recursos livres e pela redução da taxa média de juros em comparação ao ano passado. Esse cenário tem facilitado o acesso ao crédito, incentivando muitas famílias a contraírem novas dívidas.
Porém, o número de famílias que afirmam não ter condições de quitar suas dívidas na data do vencimento aumentou em 0,06%, alcançando 12.986 lares acreanos nessa situação.
