No Acre, número de pessoas com ensino superior subiu mais de 600% nos últimos anos

Estudo aponta crescimento do número de graduados no estado, com ênfase em cursos a distância

Um estudo recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela um crescimento significativo no número de pessoas com diploma de ensino superior no Acre. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), o estado teve um aumento impressionante de 614,29% de pessoas com graduação, comparado aos dados de 1990.

Número de pessoas com graduação cresceu/Foto: Reprodução

Enquanto em 1990, apenas 2,8% da população acreana possuía diploma universitário, esse número subiu para 20% em 2022. Esse avanço não se restringe ao Acre, pois, no cenário nacional, o Brasil também experimentou um aumento significativo de pessoas com nível superior. O percentual de brasileiros com ensino superior passou de 5% em 1990 para 18% em 2022, o que representa um crescimento de 223% ao longo de pouco mais de 30 anos.

Embora o Acre tenha experimentado esse crescimento, a realidade educacional no estado ainda é desafiadora. O estado conta com apenas uma instituição pública de ensino superior, a Universidade Federal do Acre (UFAC), que, apesar de ser um importante pilar de formação acadêmica, enfrenta limitações no número de vagas e cursos. Como resultado, o ensino a distância tem ganhado predominância no estado, com muitas pessoas optando por cursos universitários oferecidos de forma remota. Isso tem permitido que mais acreanos acessem o ensino superior, apesar das barreiras estruturais que ainda existem para o setor.

Universidade Federal do Acre (UFAC)/Foto: Ascom

Historicamente, a taxa de escolarização superior no Brasil era muito baixa, com estados como o Maranhão registrando apenas 1% da população com diploma de ensino superior na década de 1990. Essa realidade tem mudado ao longo dos anos, com o crescimento de regiões antes com menor índice educacional. No Brasil como um todo, o percentual de pessoas com nível superior passou de 5,7% em 1990, para 6,8% em 2000, 11,3% em 2010 e, finalmente, 18,4% em 2022.