Nos dias 25 e 26 de março, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizará a 107ª reunião de seu Conselho Consultivo, com o objetivo de deliberar sobre o reconhecimento de três novos bens como Patrimônio Cultural do Brasil.
O Acre estará em pauta, pois os grafismos do povo Huni Kuĩ serão avaliados como um possível patrimônio cultural. Além deles, também serão discutidos os processos de tombamento das Freguesias Luso-Brasileiras na Grande Florianópolis (SC) e da Estação Ferroviária do Brum, em Recife (PE).

Indígena da etnia Huni Kuĩ com grafismo Kene Kuĩ (Reprodução/Aitor Salsamendi)
Na mesma ocasião, o Conselho Consultivo analisará outros importantes processos de revalidação de títulos de Patrimônio Cultural do Brasil, como os concedidos ao Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão, à Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis (GO), à Festa de Sant’Ana de Caicó (RN) e às Matrizes do Samba no Rio de Janeiro, que incluem o partido-alto, samba de terreiro e samba-enredo.
O povo Huni Kuĩ, atualmente, conta com uma população estimada de 14 mil indígenas no Brasil, distribuídos por cinco regiões e 12 Terras Indígenas no Estado do Acre, conforme dados de 2019 da Federação do Povo Huni Kuĩ do Acre (Fephac). Além disso, aproximadamente 2.419 indivíduos dessa etnia residem no Peru.