O Partido Progressistas (PP) deu mais um passo em direção à criação de uma federação com o União Brasil (UB), com a aprovação da continuidade das tratativas em nível nacional durante uma reunião com suas lideranças na noite de terça-feira (18). Representando o Acre, o vice-prefeito de Rio Branco, Alysson Bestene, e o vice-presidente regional do PP, Lívio Veras, participaram do encontro. O União Brasil ainda está avaliando a proposta, e, para isso, também reuniu seus dirigentes na mesma data.

Governador Gladson Cameli/Foto: ContilNet
Lideranças de ambos os partidos acreditam que a federação trará vantagens, como o aumento do fundo eleitoral, mais tempo de televisão e maior força política para as siglas.
O plano de federação, elaborado em conjunto pelas duas legendas, prevê uma gestão compartilhada em nove estados, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Cada partido também controlaria a administração de outros nove estados.
Nos bastidores, informações indicam que, conforme as conversas, a gestão seria dividida entre Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O PP ficaria responsável pelos estados do Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.
Livio Veras e Alysson Bestene representaram o diretório do Progressistas do Acre na executiva nacional/Foto: Reprodução
Sobre o Acre, o governador Gladson Cameli já havia antecipado a informação ao ContilNet, antes mesmo da reunião desta terça-feira. Em 12 de março, Cameli revelou:
“Foi isso que conversamos e decidimos: o comando do partido, a partir da federação, ficará com os governadores nos estados”.
Essa declaração ocorreu após um encontro do governador com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, a vice-governadora Mailza Assis e deputados federais do Acre eleitos pela sigla.
Deputados do Acre com Mailza, Gladson e o presidente do PP, Ciro Nogueira/Foto: Ascom
De acordo com o mesmo entendimento, o União Brasil assumiria os estados do Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.
Caso a federação seja realmente formada, os partidos terão de permanecer juntos por um período mínimo de quatro anos.
Alan Rick tem interesse em disputar o Governo em 2026. Foto: Ascom
Alan Rick é cético sobre o projeto
Consultado pela reportagem sobre a possibilidade de uma federação entre os partidos, o senador Alan Rick, que tem planos de se candidatar ao governo do Acre em 2026 pelo União Brasil, se mostrou cético quanto à viabilidade da proposta.
“A proposta de criar uma federação entre PP e União Brasil não prosperará. A ideia seria boa se, primeiramente, houvesse a construção de consensos nos estados onde PP e União têm candidaturas próprias. Como isso não aconteceu e as divergências estaduais não foram resolvidas, a federação não avançará”, afirmou.
Alan Rick também refutou rumores sobre uma candidatura própria em 2026. “Não faria sentido sair do União. A proposta não vai vingar. Continuarei trabalhando pelo povo do Acre. Não sou pré-candidato de mim mesmo; o que ouço nas ruas é o pedido para que eu me candidate em 2026. Até lá, sou senador e sigo à disposição da população acreana”, afirmou.
Se a federação for formalizada, Alan Rick poderá ter que mudar de partido ou desistir da candidatura ao governo, já que o PP planeja lançar uma candidatura própria para 2026.