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Acre registra queda nos casos de Oropouche em 2025, após surto no ano passado

O boletim de arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) revelou que, nos primeiros meses de 2025, o estado registrou apenas 2 casos confirmados de Oropouche. Esse número é significativamente inferior ao do ano passado, quando o Acre enfrentou um surto da doença. O relatório também indica que, em 2025, apenas dois municípios do estado notificaram casos de Oropouche. Durante o surto de 2024, foi registrado um único óbito devido à doença. No ano passado, o Acre teve mais de 500 casos confirmados, tornando-se um dos estados com a maior taxa de incidência no Brasil. Naquele período, 21 dos 22 municípios acreanos apresentaram pacientes com a doença.

Oropouche é uma das doenças que podem causar microcefalia/Foto: Reprodução

Um estudo conduzido pela Fiocruz apontou que o surto de Oropouche no Acre e em outros estados da região amazônica foi causado por uma nova linhagem do vírus, identificada como ‘OROV BR-2015-2024’. A febre de Oropouche é transmitida, em grande parte, pelo mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. No entanto, em áreas urbanas, o pernilongo Culex quinquefasciatus, o mosquitinho comum encontrado em residências, também pode ser um vetor. Para prevenir a doença, é recomendado evitar locais com alta concentração de maruins e mosquitos, além de usar telas de proteção em portas e janelas e roupas que cubram o corpo.

Outra recomendação importante para prevenir a proliferação dos mosquitos é manter a casa limpa, incluindo o quintal e os locais de criação de animais, além de recolher folhas e frutos caídos. O uso de repelentes também é fundamental.

A febre de Oropouche é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus Oropouche, que pertence ao grupo dos arbovírus.

A doença pode ocorrer em dois ciclos: silvestre e urbano. No ciclo silvestre, o vírus infecta animais como macacos, bichos-preguiça e aves. Os principais transmissores nesse ciclo são os mosquitos Aedes serratus (do Pará) e Coquillettidia venezuelensis (de Trinidad).

No ciclo urbano, os seres humanos são os únicos hospedeiros, com o Culicoides paraensis, conhecido como borrachudo ou maruim, sendo o principal vetor.

Os sintomas mais comuns da febre de Oropouche incluem:

Febre
Calafrios
Dor de cabeça
Dor nas articulações
Náuseas

O tratamento da febre de Oropouche envolve o uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de terapia antiviral, como a ribavirina.

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