Assassin’s Creed: Shadows é alvo de uma nova polêmica, recebendo críticas de membros do alto escalão do governo japonês. O próximo lançamento da popular franquia da Ubisoft se passa no Japão feudal do século XVI, inspirado em eventos históricos reais e filmes de samurai. A reprovação ocorre após a publicação de um vídeo de gameplay no YouTube, em que o protagonista Yasuke aparece disparando um arco contra religiosos em um santuário xintoísta, além de destruir um tambor tradicional e um altar.
Com isso, rumores apontam um possível banimento do game no país, mas não há nenhuma confirmação a respeito. Vale lembrar que o lançamento de Assassin’s Creed: Shadows acontece nesta quinta-feira (20), chegando para PlayStation 5 (PS5), Xbox Series X, Xbox Series S e PC. Veja mais detalhes a seguir.
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A reação do governo aconteceu durante uma discussão na Dieta Nacional, o Parlamento japonês, quando Hiroyuki Kada, membro do conservador Partido Liberal Democrata, expressou preocupação de que atos de vandalismo no jogo possam incentivar ataques imitadores na vida real.
“É importante tratar a cultura com respeito”, afirmou Kada, segundo relatório da ITMedia (compartilhado pela Dexerto). Ele também criticou a Ubisoft por utilizar um santuário real localizado na prefeitura de Hyogo. Segundo o político, ao indagar ao sumo sarcedote sobre a reprodução no jogo, a resposta foi que a empresa não entrou em contato para pedir permissão pelo uso do nome.
Por sua vez, o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, revelou que pretende discutir eventuais ações legais com o Ministério da Educação, da Cultura, dos Esportes, da Ciência e da Tecnologia, além de outros departamentos. “Não toleraremos nenhum comportamento que não respeite a cultura e religião de um país”, afirmou o mandatário.
Não está claro quais são os planos além de monitorar a situação por ora, mas os comentários de Ishiba não indicam qualquer retaliação direta contra a editora francesa e tampouco o banimento de AC: Shadows — conforme apontam peças de desinformação nas redes sociais.
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Vale lembrar que a primeira controvérsia envolvendo o jogo aconteceu devido a escalação de Yasuke como protagonista em um jogo no Japão. O personagem existiu de fato na vida real e é considerado o primeiro samurai estrangeiro da história. Ainda assim, uma petição japonesa com mais de 100 mil assinaturas chegou a alegar “falta de precisão histórica e respeito cultural”.
Com informações de Dexerto, Insider Gaming e Malay Mail