10 JRPGs no PS5 que vão deixar todo fã de anime maluco para jogar

1. Metaphor: ReFantazio
2. Octopath Traveler 2
3. NEO: The World Ends With You
4. Persona 3 Reload
5. Shin Megami Tensei V: Vengeance
6. Tales of Arise
7. Granblue Fantasy: Relink
8. Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age
9. Sea of Stars
10. Final Fantasy 7 Remake e Final Fantasy 7 Rebirth

A Atlus é desenvolvedora famosa por seus JRPGs com estilo artístico inconfundível e narrativas extremamente densas, razões que justificam ela emplacar três títulos nesta lista. O primeiro deles é Metaphor: ReFantazio, jogo mais recente da empresa, que inclusive foi indicado a Jogo do Ano no The Game Awards 2024. Apesar de trazer um contexto de fantasia medieval, a arte de Metaphor não apenas preserva o estilo de animes, como lembra bastante o traço das produções dos anos 80 e 90, com um visual quase vintage nesse aspecto.

Já em termos de narrativa, a história foca em uma série de tramas políticas e disputas por poder, mas que essencialmente servem como fio condutor para uma enxurrada de reflexões filosóficas e sócio econômicas muito mais profundas, outra característica marcante da desenvolvedora. O maior diferencial de Metaphor em relação a outros jogos da empresa é que, apesar de manter a assinatura da Atlus, ele otimiza uma série de mecânicas que podem afastar alguns jogadores pouco familiarizados com o gênero, sendo uma excelente opção, inclusive, para quem não costuma jogar JRPGs. Na PS Store, Metaphor: ReFantazio custa atualmente R$ 262,42, em valor promocional.

Octopath Traveler 2 é um JRPG da Squar Enix com estilo visual inspirado nos jogos clássicos da franquia Final Fantasy, com lindíssimos sprites 2D explorando mapas 3D altamente polidos e ricos em detalhes. Diferente de outros jogos dessa lista, Octopath Traveler 2 – e seu antecessor – não trazem sequências em vídeo para contar a história, e o faz exclusivamente no motor gráfico do próprio jogo, com os próprios personagens 2D interagindo no desenvolvimento. Ainda assim, por serem tão bem desenhados e detalhados, o game pode, sim, ser considerado uma homenagem de certa forma aos animes.

Um ponto importante de Octopath Traveler 2 é que cada um dos viajantes disponíveis tem uma jornada única, com histórias pessoais e motivações próprias, mas todas estão entrelaçadas de certa forma, fazendo com que a experiência completa exija finalizar o game com todos os personagens. O sistema de combate por turnos ocorre em telas de combate próprias, e não no próprio mapa, como já era de se esperar, e cada personagem tem mecânicas únicas. Na PlayStation Store, Octopath Traveler 2 custa R$ 299,90 por padrão, mas aparece por R$ 149,95 em valor promocional.

NEO: The World Ends with You está entre os JRPGs mais injustiçados no ocidente, apesar de ter, possivelmente, uma das melhores trilhas sonoras do gênero, equiparada à de Persona 5 Royal – ou até melhor. Isso porque o game foge de vários padrões estabelecidos do JRPG tradicional, simplificando diversos elementos técnicos, como o sistema de progressão, não necessariamente com níveis, mas com a masterização e combinação de ataques adquiridos conforme o jogador derrota inimigos. A história é a sequência de The World Ends With You , lançado em 2007 para o Nintendo DS e acompanha um grupo de adolescentes presos em um jogo de vida ou morte, o Reaper’s Games. Sem muitos spoilers, os protagonistas são transportados para um “plano alternativo” em Shibuya, um dos bairros mais populares de Tokyo, no qual eles disputam para se tornarem Ceifadores (Reapers) ou até anjos.

Outro motivo que talvez afaste alguns jogadores é a temática um pouco mórbida, mas que, na prática, carrega questionamentos existenciais bastante profundos, principalmente sobre as angústias de gerações mais jovens no contexto sociocultural do Japão. A arte do jogo foge um pouco da estética de animes e acaba recaindo mais para os mangás, com traços mais grossos e fortes em estilo nanquim, e as sequências ocorrendo em esquema de histórias em quadrinhos. NEO: The World Ends With You segue o padrão de preços do PS4, custando R$ 299,90 na PS Store.

Persona 3 Reload é mais um game da Atlus, e talvez um dos melhores da série Persona, tanto em gameplay quanto em acessibilidade. O remake de Persona 3 (2006) explora a temática de como os aspectos mais profundos da psique humana podem se manifestar fisicamente para libertar seus donos de condições opressoras da sociedade. A franquia em si é spin-off da série Shin Megami Tensei (SMT/MegaTen), e geralmente traz um grupo de protagonistas jovens, estudantes do Ensino Médio japonês, que descobrem poderes fantásticos para enfrentar problemas grandiosos, quase sempre causados por adultos mal intencionados – e que se beneficiariam muito de alguns anos de terapia.

Assim como NEO:TWEWY, o game explora temas bem pesados, mas igualmente importantes para ajudar quase como um mecanismo de catarse, servindo como ferramenta para interpretar papéis e estruturas sociais problemáticas. Por outro lado, em termos de mecânicas e gameplay, Persona 3 Reload segue uma linha mais tradicional, com combates em turno, sistema de níveis e, de certa forma, classes na caracterização das personas. Apesar de trazer uma história menos interessante que Persona 5, Persona 3 foi o primeiro jogo da série a ganhar visibilidade no ocidente. Isto abriu as portas desse mercado para que a Atlus expandisse seu catálogo fora do Japão, e o remake de 2024 evoluiu diversas mecânicas um pouco cansativas do título de 2006, sendo um game obrigatório, tanto para fãs de JRPG como de animes. Persona 3 Reload está listado por R$ 349,90 na PS Store.

Shin Megami Tensei V: Vengeance fecha a trinca da Atlus dessa lista, e só não surgiu antes por ser uma franquia um pouco menos acessível. Naturalmente, o game aborda temas profundos, mas diferente das franquias Persona e Metaphor, que o fazem por meio de reflexões de sociedades minimamente funcionais, Shin Megami Tensei explora cenários pós-apocalípticos, quase como se os eventos catastróficos dos outros jogos não tivessem sido evitados. Também por ser a franquia que deu origem às outras duas, muitas mecânicas de SMT são um pouco mais difíceis de se acostumar para jogadores de primeira viagem, não sendo o melhor título para começar a se aventurar no gênero JRPG.

Em compensação, Shin Megami Tensei V: Vengeance mergulhou fundo em sua narrativa extremamente profunda e crítica da sociedade, valores e da própria religiosidade, não deixando a desejar em nada a animes clássicos, como Neon Genesis Evangelion. A versão digital de Shin Megami Tensei V: Vengeance está saindo por R$ 319,90 na PS Store.

A série “Tales of” da Bandai Namco é facilmente uma das mais populares do gênero JRPG, sendo tão ou mais popular que Dragon Quest – ao menos no ocidente -, e ficando atrás apenas de Final Fantasy. Assim como nessas franquias, cada jogo é um episódio próprio e independente, sendo possível começar por qualquer um dos títulos da série, e Tales of Arise, foi lançado em 2021, comemorando os 25 da franquia, e o pode ser uma ótima porta de entrada. Apesar de sua história ser menos marcante que a de Tales of Vesperia (2008), Arise traz gráficos mais modernos, uma arte lindíssima, principalmente na versão para PS5, e jogabilidade mais dinâmica, um pouco mais amigável para iniciantes. No reino de Calaglia, o povo Rena se valeu de sua tecnomagia para subjugar o povo Dahna, e a história principal acompanha a trajetória de dois heróis, um Dhana e uma Rena, que embarcam em uma jornada para derrubar esse sistema tirano que explora povos sem acesso à magia.

Além das tradicionais cutscenes animadas, a história também é contada em pequenas intervenções em formato de histórias em quadrinhos narradas, acionadas ao longo da gameplay, para complementar o contexto de cada personagem. Como já era de se esperar para o gênero, as lutas contra chefes são grandiosas e relativamente desafiadoras, mas o jogo permite alterar sua dificuldade, configuração pouco usual em RPGs, o tornando mais acessível. Tales of Arise está saindo por apenas R$ 199,50 na versão digital da PS Store para PS4 e PS5.

A série Granblue Fantasy é uma das poucas franquias de JRPGs que trilhou o caminho inverso do mercado de games, e nasceu primeiro em dispositivos móveis como um RPG mobile gacha, e que somente após seu sucesso foi transformado em uma franquia para PC e consoles. O jogo original de 2014, inclusive, foi desenvolvido por parte dos criadores de Final Fantasy V e VI, mas infelizmente só está disponível no Japão. Contudo, o game se tornou tão popular que não apenas inspirou outros jogos do gênero, como o finado Final Fantasy Brave Exvius (2015-2024), e o ainda ativo Fire Emblem Heroes (2017), e em 2017 ganhou seu próprio anime Granblue Fantasy: The Animation, com duas temporadas disponíveis na Crunchyroll.

A primeira versão para PC e consoles de GBF foi o jogo de luta Granblue Fantasy Versus (2020) e sua sequência, ambos desenvolvidos pela Arc System Works, mesma desenvolvedora de Dragon Ball FighterZ, mas um pouco menos frenético, lembrando mais as mecânicas de Guilty Gear. Somente em 2024 a franquia ganhou seu primeiro RPG de verdade para consoles e PC, com Granblue Fantasy: Relink. O game traz uma jogabilidade mais de ação, com combates frenéticos e movimentação ágil, mas preservando o mesmo estilo artístico lindíssimo em um JRPG que, apesar de curto, é bastante competente. Na PS Store, Granblue Fantasy: Relink está disponível por R$ 149,95.

Dragon Quest é talvez a franquia de JRPGs ideal para os fãs de anime, e inclusive, traz a arte do lendário Akira Toriyama, de Dragon Ball. Apesar de o mangaká ter emprestado seu traço para outros jogos de qualidade, como o inesquecível Chrono Trigger, Dragon Quest veio bem antes, surgindo pela primeira vez em 1986 para o NES, e um mangá e anime produzidos e lançados em 1991, sob o título “Dragon Quest: A Great Adventure”. No Brasil, a animação ficou conhecida como “Fly: O Pequeno Guerreiro”, mais próxima do título original em japonês “Dragon Quest: As Grandes Aventuras de Dai”, e foi transmitida pelo SBT na década de 1990. Recentemente ela foi refeita e rebatizada, agora, sim, para “Dragon Quest: As Aventuras de Dai” e o décimo segundo jogo da série está em produção com lançamento previsto para até o primeiro trimestre de 2026.

Enquanto Dragon Quest XII não chega, é possível aproveitar mais de 100 horas da história riquíssima de Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age, explorando um mundo gigantesco e interagindo com dezenas de personagens com o traço inconfundível de Toriyama. Como o jogo foi lançado originalmente para o PS4 e aprimorado apenas para o PS4 Pro, sem uma versão especial para PS5, ele acaba saindo mais barato que outros jogos dessa lista, custando R$ 164,90 a preço cheio na PS Store, mas sendo frequentemente encontrado em promoções por menos de R$ 100.

Sea of Stars é um JRPG indie em pixel art, desenvolvido pela Sabotage Studio, mesmo estúdio de The Messenger, e que bebe da fonte dos primeiros JRPGs, buscando inspiração em franquias da era 16-bit, como Final Fantasy e, naturalmente, Chrono Trigger. A história acompanha a jornada de dois “Filhos do Solstício”, que precisam combinar seus poderes baseados no Sol e na Lua para combater um alquimista extremamente poderoso, o Fleshmancer.

Apesar de não contar com cutscenes, a direção de arte claramente se inspirou no estilo visual de JRPGs clássicos, trazendo muito do visual de animes, assim como Octopath Traveler. Um detalhe importante é que os sprites tanto dos personagens quanto dos cenários e inimigos são extremamente bem feitos, entregando animações vivas e cheias de detalhes. Mesmo sendo um jogo indie, Sea of Stars é grandioso, e por essa razão acaba caindo para o lado dos jogos independentes um pouco mais caros, custando R$ 187,90 na loja da PlayStation.

Seria impossível preparar uma lista de JRPGs e não incluir ao menos um Final Fantasy entre os jogos selecionados, e nada mais justo que trazer Final Fantasy 7 Remake e Rebirth. Por mais que pareça trapaça incluir os dois jogos, essencialmente eles são o mesmo título em caráter episódico, recriando – e reimaginando – os eventos do aclamado Final Fantasy 7, do PlayStation 1. O jogo original foi possivelmente o primeiro contato de muitos gamers com o gênero JRPG, tanto que rumores sobre seu remake já circulavam na internet por anos antes do projeto sequer se tornar realidade e ser anunciado oficialmente durante a E3 2015. Mais do que um dos jogos mais icônicos da franquia Final Fantasy, FFVII Remake e sua sequência entram nessa lista, pois o game de 1997 ganhou uma animação 3D em 2005, : Advent Children, que, entre outras coisas, trouxe uma luta extremamente emblemática entre o herói Cloud e o vilão Sephiroth.

O anime chegou a ser premiado no American Anime Awards 2007, e muito do conceito visual dos personagens da animação pode ser reconhecido nos novos jogos. Atualmente, Final Fantasy 7 Remake está disponível “de graça” para assinantes da PS Plus Extra, mas também pode ser adquirido por R$ 149,50 na PS Store ou por R$ 199,50 na versão completa com a expansão, FF VII Remake: Intergrade. Já o segundo episódio, Final Fantasy 7 Rebirth, está saindo por R$ 499,50 pela PS Store no pacote duplo, que ainda inclui o primeiro episódio e sua DLC, ou por R$ 349,90 sozinho.

Com informações de PS Store (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10)