A Polícia Civil segue investigando a morte do jovem João Victor da Silva Borges, de 21 anos, encontrado morto no Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, nesta terça-feira (11).
Ainda nesta terça, um homem e uma mulher foram presos, suspeitos de envolvimento no caso. O crime teria ligação com uma disputa entre facções criminosas.
A mulher presa era amiga íntima da vítima e teria atraído o jovem até o local onde foi assassinado.
“Ela tem envolvimento com uma organização criminosa, era uma pessoa próxima dele e usou dessa confiança para atraí-lo. Ela tinha muito contato com ele”, explicou o delegado Heverton Carvalho, responsável pelas investigações, ao G1 Acre.
Familiares da vítima disseram ao G1 que não conhecem a suspeita e que ela era próxima apenas de João Victor.
A autoridade policial responsável pelas investigações afirmou ainda que João Victor foi executado por membros de uma facção criminosa e, antes disso, foi submetido ao ‘tribunal do crime’.
“Foi brutalmente executado. A polícia já concluiu que o local da morte é diferente do local onde o corpo foi encontrado, são áreas expostas em Cruzeiro do Sul. Então, vemos a participação de outras pessoas”, disse o delegado.
“Novas prisões podem ocorrer. Tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar estão em campo com informações para capturar essas pessoas que já foram identificadas, para que possam responder por esse crime”, acrescentou.
O delegado disse que ainda não é possível divulgar a motivação do crime. “É um assunto delicado. A polícia já sabe o que levou a isso, mas divulgar essas informações acabaria expondo a família”, salientou.
A polícia também confirmou que João Victor se envolveu em uma briga com uma vizinha no último dia 3. O rapaz acionou a PM-AC após encontrar carne com chumbinho, um veneno para ratos, com seu gato de estimação.
“O animal teria pulado o muro da vizinha e voltado com o alimento na boca. A vizinha teria confessado que colocou o veneno para matar os ratos. Contudo, o jovem chamou a polícia, e a mulher foi presa em flagrante por maus-tratos”, diz a reportagem do G1.
O delegado afirmou que essa situação não tem relação com a morte do rapaz.
“Não tem nada a ver com o caso de maus-tratos. Foi uma briga de vizinhos, mas não foi a motivação do crime. Na ocasião, após a abordagem, viram que o rapaz não tinha envolvimento em nada e ele foi liberado”, concluiu.