Durante entrevista ao Em Cena, o podcast do ContilNet, nesta segunda-feira (10), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), um dos fundadores da Frente Popular do Acre (FPA), disse que a esquerda deve ter um palanque completo em 2026, com candidato ao Senado e ao Governo.
Até o momento, a estratégia do grupo que reúne partidos de esquerda e do espectro democrático aposta apenas na candidatura de Jorge Viana (PT) ao Senado, sem disputar o Governo, que deve ter apenas candidatos da direita em 2026. Edvaldo acredita que a esquerda deve ter a ousadia de se apresentar com um palanque completo.
“Temos que ter as candidaturas majoritárias no centro desse novo projeto, não apenas para o Senado. Tem que ter para o Governo. É o que eu defendo. Nós temos que nos apresentar. Ter a coragem de nos reposicionar do ponto de vista da disputa política pelo centro do poder. Se você for fazer arranjo, vai ficar um monte de gente mudando de cor para enganar. Não tem que fazer arranjo, mas temos que nos apresentar como sempre fomos”, afirmou.
“Defendo que a gente construa uma chapa. O PT está apresentando o nome do Jorge para o Senado. Ótimo, que seja. Já fizemos isso em outro tempo, quando lançamos apenas a Marina e saímos vencedores. Nós podemos ter uma tática parecida com a adotada antes, mas temos que ter o palanque completo, com chapa de deputados federais e estaduais, nos reposicionando, fazendo as apostas”, acrescentou.
Ao contrário do que decidiu o grupo, Edvaldo acredita que Jorge deveria ser candidato ao Governo.
“Na eleição passada, eu virei uma espécie de chato nessa discussão, porque eu dizia que ele tinha que ser candidato ao Governo. No final, demorou-se tanto a decidir, e ele foi candidato a governador de última hora. E foi muito prejudicado por conta disso. Um dos erros foi a demora para decidir. Agora, ele decidiu ser candidato ao Senado, e eu não vou cair no erro de insistir em outra coisa. Mas ele deveria ser candidato ao Governo”, pontuou.
Durante a entrevista, ao recordar os governos da FPA, Magalhães citou o ex-governador Binho Marques e disse que o professor seria um excelente candidato em 2026.
“O Binho não era muito carismático. Era mais introspectivo. Nunca passou pela cabeça do Binho ser governador, mas foi eleito naquele bojo e fez um governo extraordinário. Aliás, se dependesse da minha opinião, ele voltaria para ser candidato a governador nessas eleições de 2026.”