Os dados preliminares do Censo Demográfico 2022, divulgados na última quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacam as dificuldades que o Acre enfrenta no campo da educação infantil, além de outras faixas etárias. O estado ocupa a penúltima posição no ranking nacional de frequência escolar entre crianças de 4 a 5 anos, com uma taxa de apenas 68,98%. O Amapá, com 65%, é o único estado com índice mais baixo.

Apenas 16,49% das crianças de 0 a 3 anos frequentam creches ou instituições de ensino infantil/Foto: Reprodução
Embora o panorama da educação infantil no Brasil tenha avançado nas últimas décadas, com a taxa de matrícula de crianças de 4 a 5 anos subindo de 51,4% em 2000 para 86,7% em 2022, a região Norte continua a registrar os menores índices do país, atingindo 76,2%. No que se refere a crianças de até 3 anos, o Brasil alcançou uma taxa de frequência escolar de 33,9% em 2022, um expressivo aumento em relação a 9,4% em 2000 e 23,5% em 2010.
A situação das crianças mais novas no Acre também é preocupante, com apenas 16,49% delas frequentando creches ou instituições de ensino infantil. Por outro lado, a frequência escolar entre crianças de 6 a 14 anos é mais positiva, alcançando 96,65%, indicando um progresso significativo nessa faixa etária.
No entanto, entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a taxa de frequência escolar no estado cai para 81,44%. Para os jovens de 18 a 24 anos, a taxa despenca para 27,72%, refletindo as dificuldades enfrentadas para a permanência no ensino superior. Já entre os adultos com 25 anos ou mais, a taxa de frequência escolar é ainda mais baixa, chegando a apenas 6,64%.
Além disso, a taxa de alfabetização no Acre foi de 87,87%, enquanto a taxa bruta de frequência escolar ficou em 31,27%, ligeiramente abaixo da média nacional de 32,27%.
Embora o Brasil tenha registrado avanços, a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que visava a universalização do acesso à escola para crianças de 4 a 5 anos até 2016 e a matrícula de ao menos 50% das crianças de até 3 anos, ainda não foi alcançada. A situação do Acre evidencia a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes para assegurar o acesso e a permanência das crianças e jovens na educação, especialmente nas fases iniciais.