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“Também é vítima”, diz defesa sobre acusado de ser ‘atirador da Guascor’, que nega envolvimento e relata agressões

Marcos Vinícius Furtado Silva foi indiciado por tentativa de homicídio em concurso formal/Foto: Redes sociais

A defesa de Marcos Vinicius, servidor público preso nesta semana sob acusação de ser o responsável pelos disparos que atingiram duas pessoas em uma festa no local conhecido como Guascor, em Sena Madureira, Acre, emitiu uma nota de esclarecimento. O advogado Maycon Moreira, que representa o acusado, afirmou que Marcos é inocente e que uma condenação não deve ser fundamentada exclusivamente no inquérito encerrado pela Polícia Civil.

As investigações foram concluídas pela Polícia Civil/ Foto: Reprodução

Na nota, a defesa questiona o andamento do inquérito, ressaltando que as supostas vítimas ainda não identificaram com certeza quem foi o autor dos disparos. Um dos feridos, inclusive, declarou que foi atingido por uma bala perdida em seu depoimento.

“O inquérito deverá seguir o trâmite de praxe, e até o momento, as próprias supostas vítimas não identificaram com certeza o autor dos disparos. Uma delas, inclusive, mencionou ter sido atingida por bala perdida em seu depoimento”,  informou a defesa.

A defesa também alegou que Marcos Vinicius foi agredido durante o incidente e que outras pessoas tentaram tomar a arma que teria sido usada nos disparos. A nota ressaltou que a arma estava devidamente registrada para posse e que havia indícios de que terceiros tentaram tomá-la, o que teria gerado a confusão.

“É fundamental esclarecer que Marcos Vinicius sofreu agressões na ocasião, conforme exame de corpo de delito, demonstrando que também foi vítima do ocorrido. A arma em questão era legalmente registrada para posse, e há indícios de que terceiros tentaram tomá-la, gerando a confusão. O acusado possui residência fixa, emprego lícito, é pai de filho menor de 12 anos, sem qualquer histórico criminal”,  completou a defesa.

Pedido de prisão preventiva e ação do MPAC

Marcos foi preso após a Justiça acatar o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público do Acre (MPAC). O pedido foi baseado na gravidade do caso, uma vez que o evento ocorreu em um local lotado e as vítimas ficaram em estado grave, necessitando de transferência para Rio Branco.

A Polícia Militar teve um papel fundamental ao identificar rapidamente o autor dos disparos e apreender a arma de fogo utilizada no crime, uma pistola.

O MPAC também apresentou denúncia contra Marcos Vinicius, acusando-o de tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe, e por dificultar a defesa das vítimas. Ele também foi denunciado pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.

Além disso, o MPAC denunciou a esposa e uma amiga do acusado por falso testemunho, com aumento de pena, alegando que elas alteraram informações durante a investigação.

O caso “Guascor”

O incidente aconteceu em 19 de janeiro de 2025, em um local utilizado frequentemente pelos moradores para festas com som automotivo e bebidas alcoólicas. O MPAC, em resposta ao ocorrido, solicitou à empresa responsável pelo local a instalação de placas de advertência, câmeras e refletores, além do isolamento da área para evitar novos problemas.

Veja a nota:

Nota de Esclarecimento – Caso Guasco

Marcos Vinicius, servidor público e devidamente representado pelo advogado Dr. Maycon Moreira, reafirma sua inocência no caso Guasco, salientando que ninguém será considerado culpado até que haja uma sentença penal condenatória transitada em julgado (art. 5º, LVII, CF), o quê não vemos no presente caso com a simples conclusão de inquérito policial, bem como deve ser respeitado o contraditório e ampla defesa. O inquérito deverá seguir o trâmite de praxe, e até o momento, as próprias supostas vítimas não identificaram com certeza o autor dos disparos. Uma delas, inclusive, mencionou ter sido atingida por bala perdida em seu depoimento.

É fundamental esclarecer que Marcos Vinicius sofreu agressões na ocasião, conforme exame de corpo de delito, demonstrando que também foi vítima do ocorrido. A arma em questão era legalmente registrada para posse, e há indícios de que terceiros tentaram tomá-la, gerando a confusão. O acusado possui residência fixa, emprego lícito, é pai de filho menor de 12 anos, sem qualquer histórico criminal.

A defesa confia na Justiça e reforça que o devido processo legal deve prevalecer, sem julgamentos precipitados ou pressões externas. A verdade será esclarecida com base nos fatos e na legalidade em prol da busca real pela justiça.

Respeitosamente
Dr. Maycon Moreira

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