A Federação do Comércio (Fecomércio), em parceria com o instituto Data Control, realizou uma pesquisa que revela as expectativas do empresariado comercial da capital acreana para o primeiro semestre de 2025.

A pesquisa foi realizada pela Fecomércio em parceria com o instituto Data Control/Foto: ContilNet
Os resultados apontam para expectativas mistas. Foram ouvidos 102 empresários do setor, dentre eles 54,9% esperam um semestre positivo, enquanto 26,5% aguardam por um período estável. Por outro lado, 17,6% tem uma visão pessimista para o período, e 1% preferiu não se manifestar.
Quanto a mudanças tributárias, 76,2% dos empresários acham que não terão benefícios, podendo inclusive aumentar o valor dos impostos. Outros 13,3% dizem que terão uma maior facilidade contábil e outros 10,5% não emitiram opinião.
Acerca da desoneração da folha de pagamentos, 40,2% dos empresários que responderam a pesquisa são contrários à medida, enquanto outros 17,6% são favoráveis e outros 42,2% não responderam.
O desempenho das vendas em 2024 foi considerado regular por 45,1% dos empresários de Rio Branco, em comparação com o ano anterior. Outros 36,3% relataram melhora, enquanto 12,7% avaliaram o período como muito ruim. Apenas 5,9% dos entrevistados indicaram que houve estabilidade total no mercado.
Para o primeiro semestre de 2025, as expectativas são positivas para a maioria dos empresários. Um total de 63,7% acredita que a economia terá um avanço significativo, enquanto 17,6% preveem crescimento, mas em ritmo lento. Já 18,6% dos entrevistados avaliam que não haverá melhora expressiva no setor.
Diante dos desafios do mercado, os empresários apontam diferentes estratégias para impulsionar as vendas. O investimento em propaganda foi citado por 31,3% como a principal medida para aumentar o faturamento. Outras estratégias incluem melhoria na qualidade do estoque (20,7%), promoções (16,7%), redução de preços (12,7%), aumento de crédito para clientes (8%), ampliação de prazos para compras parceladas (7,3%) e premiação da fidelidade dos clientes (3,3%).
Os desafios para o setor em 2025 também foram mapeados. A “falta de dinheiro no mercado” foi apontada por 35,5% como o principal entrave, seguida pelo endividamento da população (20,2%) e pela carga tributária elevada (21,8%). Outros fatores que preocupam os empresários incluem a concorrência do e-commerce (7,3%), o comércio informal (4%) e a violência urbana (4%).
