Repercutiu, nesta quinta-feira (6), o discurso do vereador de Rio Branco, Matheus Paiva (União Brasil), repudiando o comportamento do secretário adjunto de Educação (Seme), o pastor Paulo Machado, acusado de perseguir servidores da pasta.
Paulo utilizou seu perfil nas redes sociais para criticar membros da imprensa devido às matérias divulgadas sobre as polêmicas envolvendo seu nome. Ele chegou a chamar alguns profissionais de desprezíveis, inúteis e imbecis. Matheus usou a tribuna da Câmara para rebater o secretário, além de defender a imprensa e a ex-secretária da Seme, Nabiha Bestene.
“Repudio essas declarações, essa forma de falar, pois sabemos que a imprensa tem um papel fundamental na defesa da democracia. Os jornalistas desempenham um papel essencial ao levar informação e contribuir significativamente para nossa sociedade. Além disso, a secretária Nabiha merece respeito”, declarou. Na mesma ocasião, Matheus chegou a dizer que “lugar de professor é na Educação, e lugar de pastor é na igreja”.
Em entrevista ao ContilNet, Matheus afirmou que não tem o objetivo de atacar religiosos.
“Quando disse que lugar de pastor é na igreja, não quis dizer que eles não possam estar na Educação. Quis dizer que, se não têm preparo técnico para atuar na Educação, que fiquem na igreja. Pastor só deve estar na Educação se tiver preparo técnico para isso. Muitos pastores são professores, mas se prepararam para isso. Tenho uma pessoa no meu gabinete que é pastor e tem preparo. O que a gente não pode tolerar é o secretário dizendo que vai demitir várias pessoas porque a Seme precisa de pastor. A Seme precisa de pessoas técnicas, independentemente do credo que professam”, destacou.
“Que possamos manter os professores no lugar que é, de fato, deles. O que disse na tribuna e repito aqui é: nossos profissionais da Educação merecem respeito”, finalizou.
Os vereadores André Kamai (PT) e Elzinha Mendonça acompanharam Matheus nas críticas a Paulo.
“É um absurdo os ataques que esse senhor fez à imprensa. Precisamos de respeito pelo trabalho dos jornalistas”, disse Elzinha. “Esse secretário da ‘falta de educação’ atacou a imprensa duramente, e nós nos solidarizamos com os jornalistas”, declarou Kamai.


