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Marina Silva assina portaria que declara emergência por conta do risco de incêndios no país

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em reunião da CPI das ONGs no Senado — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Na última quinta-feira (27), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinou uma portaria que declara estado de emergência em regiões do Brasil mais suscetíveis a incêndios florestais.

A nova medida estabelece períodos específicos para ações de prevenção e permite a contratação de brigadistas especializados, incluindo membros de comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas, que possuem amplo conhecimento local, essencial para as operações de combate.

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em reunião da CPI das ONGs no Senado — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

João Paulo Capobianco, secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, explicou que essa estratégia representa um avanço importante no planejamento para o enfrentamento dos incêndios. “Este é o primeiro ano em que adotamos um planejamento estratégico que se adapta ao longo do tempo, levando em consideração o clima e os riscos de incêndio específicos para cada período”, afirmou Capobianco.

O governo também anunciou um aumento significativo no número de brigadistas, com a equipe agora chegando a mais de 4,6 mil profissionais, um aumento de 25% em comparação ao ano passado.

Decreto aumentará planejamento em áreas de risco / Foto: Reprodução

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, destacou que a portaria também define ações detalhadas para cada região e período, promovendo uma coordenação mais eficiente entre os diversos órgãos e as administrações estaduais. “Nossa abordagem será integrada. Trabalhamos de maneira conjunta com outros órgãos ambientais. Embora o Ibama e o ICMBio atuem em áreas federais, o fogo não respeita fronteiras. Por isso, nossas ações também se estendem a áreas fora da nossa jurisdição para proteger os recursos naturais do país”, explicou Agostinho.

De acordo com os dados do MapBiomas, em 2024, mais de 30,8 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas no Brasil, uma área superior ao tamanho da Itália. Este número representa um aumento alarmante de 79% em relação a 2023, o maior índice registrado desde 2019.

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