Acre registra aumento de mortes por Covid-19: 17 óbitos em seis semanas de 2025

Maioria das vítimas fatais era de pessoas acima de 60 anos, com 68,3% apresentando comorbidades

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) reportou, na última segunda-feira (24), mais dois falecimentos relacionados à Covid-19 durante a sexta semana epidemiológica de 2025. Com isso, o total de mortes subiu para 17, contra as 15 notificadas até a quinta semana do ano.

O boletim detalha que os óbitos ocorreram nas semanas epidemiológicas (SE) 01, 02, 03, 04 e 06, distribuídos da seguinte forma: dois falecimentos na SE 01, quatro na SE 02, sete na SE 03, dois na SE 04 e dois na SE 06. Quanto à localização geográfica, os casos foram registrados em diversas cidades: cinco óbitos em Rio Branco, dois em Feijó, três em Tarauacá, um em Assis Brasil, três em Cruzeiro do Sul, um em Marechal Thaumaturgo, um em Xapuri e um em Capixaba.

Covid-19 avança no Acre: número de mortes sobe para 17 em apenas seis semanas/Foto: Reprodução

A maior parte das vítimas fatais tinha mais de 60 anos, com 31 homens e 32 mulheres. Além disso, 68,3% dos falecidos apresentavam comorbidades.

Em 2025, o estado do Acre já contabiliza 3.013 casos confirmados de Covid-19. O boletim ainda indica que a incidência da doença é de 336,8 casos a cada 100 mil habitantes, com destaque para o município de Acrelândia, que apresenta a maior taxa, com 1.045,8 casos por 100 mil habitantes.

Em relação ao perfil das pessoas infectadas, a maioria dos casos positivos (68,5%) envolve indivíduos pardos, seguidos por amarelos (13,0%), brancos (11,6%), negros (2,3%) e indígenas (0,3%).

Secretário esclarece sobre as vítimas fatais

Em entrevista ao ContilNet, o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, comentou sobre o aumento de casos e óbitos registrados no início de 2025. Ele enfatizou a importância da vacinação como principal medida de proteção contra o vírus e apontou que as pessoas que faleceram não haviam completado o esquema vacinal. Embora as mortes não tenham sido diretamente causadas pela Covid-19, elas ocorreram devido a complicações relacionadas à doença.

Pascoal afirmou que a vacinação continua sendo uma ferramenta vital na luta contra a pandemia: “Essas 12 vítimas não completaram a vacinação e, embora tivessem Covid-19, não morreram diretamente por causa dela, mas sim pelas complicações associadas”, explicou.

O secretário também ressaltou que a falta de vacinação adequada contribuiu para que os pacientes com comorbidades desenvolvessem quadros graves da doença, tornando-se mais vulneráveis.

“São pessoas que, já com comorbidades, enfrentaram formas mais graves da doença devido à ausência de vacinação completa”, acrescentou Pascoal.

No entanto, ele garantiu que, apesar das mortes, a maioria dos casos atualmente diagnosticados não evolui para formas graves da doença. As unidades de terapia intensiva (UTI) não estão com alta taxa de ocupação, sendo que muitos dos leitos intensivos estão sendo usados por pacientes com outros problemas de saúde, como acidentes graves e politraumas.

“A maioria dos casos continua com sintomas leves, e nossas UTIs não estão sobrecarregadas. A maior parte dos pacientes em leitos de terapia intensiva não são exclusivamente vítimas da Covid-19, mas de outras condições de saúde graves”, concluiu o secretário.