Após um dia de paralisação e novas promessas por parte da empresa, os trabalhadores decidiram suspender a greve que estava programada para quarta-feira, 15 de janeiro.
A decisão foi tomada após uma assembleia realizada na garagem da empresa Ricco, com a presença dos motoristas e representantes da companhia. O adiamento da paralisação foi motivado por uma nova garantia da Ricco, que comprometeu-se a regularizar as pendências financeiras com os funcionários, como os salários em atraso, os valores referentes à cesta básica e o não pagamento de direitos trabalhistas, com prazo para o pagamento até a tarde da quarta-feira.
Frota da Ricco Transportes em Rio Branco, no Acre/Foto: Reprodução
O superintendente de Transporte e Trânsito de Rio Branco, Vilas Boas, explicou que a paralisação inicial ocorreu devido à falta de recursos da empresa, que aguardava o repasse do subsídio da Prefeitura de Rio Branco. Contudo, o pagamento só será efetuado em 20 de janeiro, após a nova administração do prefeito Tião Bocalom abrir o orçamento.
Vilas Boas também mencionou que “influências externas” poderiam ter contribuído para a situação, sugerindo a possível atuação do vereador de oposição Eber Machado (MDB). “Houve tentativas de manipulação das pessoas. Eber Machado ‘possivelmente’ esteve envolvido nisso, pois, de acordo com a legislação, o sindicato deve emitir uma nota informando a paralisação aos órgãos competentes e à imprensa. Somente após 72 horas é que a greve pode ser efetivada. Além disso, 30% da frota deve ser mantida operando para atender situações emergenciais, sendo proibida uma paralisação total”, detalhou Vilas Boas.
