No dia 15 de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou, em seus canais de comunicação, a primeira representação visual precisa do Culicoides Paranaensis, o inseto responsável pela transmissão do vírus Oropouche. A imagem tem como objetivo esclarecer a população, visto que o inseto, que mede 3 cm, frequentemente é confundido com o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue. Com o aumento de 701% nos casos de infecção no Acre, somando 480 registros em 2024, a medida busca melhorar a conscientização sobre a doença e sua diferença com a Dengue, ambas pertencentes à mesma família de arboviroses, que são transmitidas por insetos como mosquitos, carrapatos e aranhas.

Ilustração do Culicoides Paranaenses, transmissor do Oropouche. Foto: Ademildo Mendes/SVSA
O desenvolvimento da ilustração é fruto do trabalho conjunto entre a equipe de comunicação científica da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, e os técnicos e entomologistas do Instituto Evandro Chagas, localizado no Pará. A ilustração destaca as diferenças estruturais entre o Culicoides Paranaensis e o Aedes Aegypti, que é 12 vezes maior, permitindo maior compreensão da aparência do transmissor do vírus Oropouche.
A situação no Acre é alarmante, com um aumento significativo no número de infecções. No boletim de 14 de janeiro, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou que o número de casos em 2024 foi muito superior ao registrado em 2023, que foi de apenas 60. Entre os casos registrados, houve o óbito de um recém-nascido.
Os sintomas da doença incluem dores musculares, febre alta, náuseas, vômitos, tontura e calafrios. A doença é especialmente perigosa para idosos, gestantes, crianças pequenas e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, que estão mais suscetíveis a complicações. O diagnóstico deve ser feito rapidamente por meio de exames específicos.