Governo acreano e boliviano discutem projeto que prevê construção de comportas no Rio Acre

As obras previstas para iniciar já na segunda quinzena de fevereiro

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e da Defesa Civil Estadual, enviou uma equipe técnica à Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, para debater sobre projeto boliviano de intervenções no leito do Rio Acre.

A proposta prevê a destinação de 20 milhões de bolivianos para a limpeza e dragagem de quatro quilômetros do rio, além de intervenções em afluentes, como a construção de lagoas de contenção para mitigar inundações.

Representantes dos governos do Acre e da Bolívia discutiram sobre o projeto/ Foto: Uêslei Araújo/Sema

Durante reunião na Defesa Civil de Brasileia, comandada pelo Coronel Carlos Batista, coordenador estadual da Defesa Civil, autoridades do Acre questionaram sobre os impactos socioambientais que a ação poderia causar. O representante boliviano, Oscar Teran Ayala, afirmou que o projeto já possui estudo elaborado pelo Instituto de Hidrologia de Santa Cruz, garantindo a segurança das obras.

Com obras previstas para iniciar já na segunda quinzena de fevereiro, o projeto também prevê a retirada de troncos, lixo e entulho nos afluentes e a implantação de comportas hidráulicas para controlar o nível da água em situações de risco. O Coronel Carlos Batista destacou que o Governo do Acre continuará monitorando o projeto para avaliar os impactos das obras.

Oscar Teran ressaltou que as medidas pretendem prevenir enchentes iniciais e estão alinhadas à cooperação binacional. A segunda fase do projeto ainda está em estudo e depende de captação de recursos. O governo acreano defende a importância de um consenso entre os dois países para garantir o sucesso das intervenções no manancial.

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