O secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, convocou uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (8) para informar sobre a assinatura de um decreto de emergência devido ao aumento no número de casos de síndromes febris provocadas por arboviroses, como dengue, Zika e Chikungunya. O decreto será publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta mesma quarta-feira.
A coletiva contou com a presença de outras autoridades, como o secretário municipal de Saúde de Rio Branco, Renan Biths, o coordenador do Centro de Operações de Emergência em Saúde da Sesacre, Marcos Malveira, e a secretária-adjunta de Administração da Sesacre, Andrea Pelatti.
Pedro Pascoal explicou que o objetivo do decreto é utilizar essa medida como uma ferramenta de prevenção, tranquilizando a população quanto a possíveis excessos de pânico. Ele destacou ainda que a ação facilitará a liberação de recursos do Ministério da Saúde para ações emergenciais.
“O decreto é uma ferramenta de prevenção. Não há motivo para pânico na população. É uma forma também de fazer com que o Ministério da Saúde libere recursos para a execução das ações. Precisamos de uma resposta rápida, coordenada e integrada entre os municípios no combate às arboviroses. O Estado precisa dar suporte aos municípios nesse momento tão sensível”, afirmou o secretário.
Até a 52ª semana epidemiológica de 2024, o Acre registrou 6.346 casos prováveis de dengue, um aumento de 19,3% em comparação com o ano anterior, além de uma morte confirmada. As cidades de Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Epitaciolândia são as mais afetadas. No entanto, Pascoal tranquilizou a população, afirmando que as unidades de saúde não estão enfrentando superlotação. “Não há uma ocupação excessiva dos leitos hospitalares. Estamos trabalhando com a capacidade necessária para atender aos pacientes”, garantiu.
O aumento nos casos de Chikungunya foi ainda mais alarmante, com um crescimento de 411,9%, subindo de 59 para 302 casos prováveis no período. O Zika vírus também apresentou elevação, com 173 casos prováveis, um aumento de 49,5% em relação a 2023.
A Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) informou que a situação é agravada pelo período chuvoso, que favorece a proliferação dos mosquitos transmissores dessas doenças. Grupos mais vulneráveis, como crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, estão particularmente em risco devido a esse aumento nas infecções.