Ibama inicia operação para retirar bombonas de agrotóxicos do rio Tocantins

Mergulhadores verificaram, na manhã de terça-feira, o posicionamento do caminhão e dos galões no fundo do rio. As buscas estão previstas para começar nesta tarde

Mergulhadores realizaram na manhã desta terça-feira mais um reconhecimento no local onde estão o caminhão e os agrotóxicos submersos no Rio Tocantins desde o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, em 22 de dezembro. A vistoria foi feita por profissionais contratados pela empresa Sumitomo, responsável pelo veículo que transportava os produtos químicos, e acompanhada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O órgão ambiental informou ao GLOBO que a retirada da carga deve ser iniciada ainda nesta terça-feira.

O tempo necessário para a retirada completa do material dependerá das condições climáticas na região. A operação está sendo acompanhada pela equipe de Emergência Ambiental do Ibama, que monitora todo o trabalho de remoção.

Desde o início das operações, a Força-Tarefa concentrou esforços nas áreas com maior probabilidade de localização das vítimas, especialmente nas proximidades dos veículos e escombros. Essa atuação resultou na localização de 14 vítimas, de um total de 17 pessoas desaparecidas, e no resgate de um sobrevivente. Três pessoas ainda não foram encontradas.

Após a conclusão da primeira fase das buscas, as equipes foram reorganizadas e iniciaram uma nova varredura. Com o apoio do Consórcio Estreito Energia (CESTE), foi aberta uma nova janela de mergulho nesta manhã.

A partir de amanhã (8), será necessária a abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito devido ao aumento do nível do reservatório provocado pelo regime de chuvas. A medida visa garantir a segurança da usina e das comunidades próximas, mas pode impactar as operações de retirada.

Em relação às buscas pelas três pessoas que ainda não foram encontradas, a Marinha informou que, caso as buscas realizadas até o final de hoje não apresentem novos indícios que possibilitem a localização dos desaparecidos, a operação atingirá seu limite técnico-operacional. Nesse cenário, as operações serão suspensas, com a possibilidade de serem retomadas tempestivamente caso surjam novas informações concretas que contribuam para a localização das vítimas.

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