Técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) realizaram a coleta de amostras de tecido nervoso de um cavalo com indícios de raiva dos herbívoros nos municípios de Tarauacá e Feijó. A ação ocorreu no sábado (4), na região do Seringal Itamaraty, Rio Murú, zona rural de Tarauacá. Essa medida faz parte dos protocolos de segurança estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH).
O cavalo apresentava sinais típicos de doença neurológica, com lesões provocadas por mordidas de morcegos hematófagos. O material recolhido foi enviado para análise em laboratório, o que permitirá a confirmação do diagnóstico.
Vinicius Braga, médico veterinário do Idaf, destacou a importância do monitoramento constante das doenças nos rebanhos pelos produtores. Ele enfatizou a necessidade de notificar o Idaf, que tomará as providências necessárias.
“É de suma importância a vigilância passiva, onde o produtor monitora ou observa enfermidades ou mortalidade em seus rebanhos e leva as informações ao Idaf para que sejam tomadas as providências necessárias para estudo e identificação de caso. A agilidade da resposta à notificação do produtor evita o aumento do problema e as perdas de sua produção, como foi feito no caso em questão”, afirmou Braga.
Em 2007, o Idaf implantou o Programa Estadual de Controle da Raiva de Herbívoros (PECRH), que tem como objetivo ampliar a vacinação de animais como bois, cavalos, cabras e outros animais de pasto, além de realizar a captura de morcegos, principais transmissores da doença.
Entre 2019 e 2023, diversos casos de raiva foram confirmados em todas as regionais do estado, com maior incidência nas regionais de Tarauacá, Envira e Juruá, graças às ações de saúde pública realizadas na área.
Com informações da Agência de Notícias do Acre.