Cobertura vacinal de gestantes contra coqueluche no Acre atinge o maior índice da história

A cada gestação, a partir da 20ª semana, é indicada uma dose da vacina tríplice bacteriana acelular (dTpa) para as gestantes.

O Programa Nacional de Imunização (PNI) divulgou nesta terça-feira (3) um relatório destacando que o Acre alcançou a maior cobertura vacinal histórica entre gestantes contra a coqueluche. Em 2024, o Estado superou a meta estabelecida, com a previsão de imunizar 9.642 gestantes. Até o momento, 8.026 mulheres foram vacinadas, o que representa 83,25% de cobertura, a maior já registrada nos últimos seis anos.

Meta é imunizar 9.642 gestantes, e 8.026 foram vacinadas, um alcance de 83,25%, o maior da série histórica dos últimos seis anos. Foto: internetluc

Confira a evolução da cobertura vacinal nos últimos anos:

– 2019: 6.220 vacinas – 64,51%
– 2020: 4.436 vacinas – 46,01%
– 2021: 3.599 vacinas – 37,33%
– 2022: 3.391 vacinas – 35,17%
– 2023: 7.514 vacinas – 77,93%
– 2024: 8.026 vacinas – 83,25%

Meta para 2024: 9.642 vacinas

Renata Quiles, coordenadora estadual do PNI, explicou que a imunização das gestantes traz benefícios para tanto para a mãe quanto para o recém-nascido.

“A mãe será favorecida, pela sua proteção contra o tétano, já que ela será submetida ao parto, seja ele natural, cesariano, bem como o recém-nascido, já que a coqueluche é extremamente grave e fatal para as crianças menores de um ano de vida, como a gente tem visto no cenário nacional. Quando nós montamos altas coberturas vacinais com esse imunobiológico, a mãe vai produzir os anticorpos durante toda a gestação e quando o seu bebezinho nascer, ela já vai ter transferido por meio da barreira transplacentária essa proteção para o seu bebê e ele vai ficar imunizado contra essas doenças até que ele mesmo possa entrar na idade de receber as suas próprias vacinas”, explica Renata Quiles, coordenadora estadual do PNI.

Ela destacou também que, ao manter altas taxas de vacinação, o Acre consegue proteger suas mães e bebês da doença. “Evita infecção por essas doenças, que são gravíssimas para ambos. Mantendo altas coberturas vacinais, nós deixamos o nosso estado e as nossas mães e bebês distantes dessa doença, mas lembrando que essa manutenção epidemiológica, sanitária, precisa permanecer para que a gente consiga ter um pouco de tranquilidade em relação ao risco de doença” completou.

A vacina recomendada para as gestantes é a tríplice bacteriana acelular (dTpa), que deve ser aplicada a partir da 20ª semana de gestação. O objetivo é proporcionar imunização passiva, transferindo os anticorpos da mãe para o feto, garantindo proteção ao recém-nascido até que ele possa receber suas próprias vacinas.